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Benfica questiona FPF e Liga sobre investigação à invasão do centro de treinos dos árbitros

Em conferência de imprensa realizada no estádio da Luz, o vice-presidente ‘encarnado’ Varandas Fernandes deu a conhecer um lote de seis questões que o clube pretende ver respondidas pelas duas entidades, além de ter também lançado um desafio, com o objetivo de “defender a transparência e a equidade desportiva no futebol”.
  • Pedro Nunes/Reuters
2 Agosto 2018, 19h47

O Benfica questionou hoje a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) sobre o andamento das investigações à invasão do centro de treinos dos árbitros na Maia.

Em conferência de imprensa realizada no estádio da Luz, o vice-presidente ‘encarnado’ Varandas Fernandes deu a conhecer um lote de seis questões que o clube pretende ver respondidas pelas duas entidades, além de ter também lançado um desafio, com o objetivo de “defender a transparência e a equidade desportiva no futebol”.

Varandas Fernandes começou por destacar a pretensão do Benfica em “reforçar a hegemonia no futebol português” e “continuar a aposta na formação” como motor para novas conquistas, mas depois centrou-se na lista de seis questões para LPFP e FPF.

O dirigente questionou em que ponto estavam as investigações relativamente à invasão ao centro de treinos dos árbitros, na Maia, considerando que “já passou tempo demais sem os necessários esclarecimentos” e que “o caso parece esquecido sob um manto de opacidade”.

Em seguida, Varandas Fernandes questionou também o andamento das investigações relativamente às queixas apresentadas por vários árbitros por ameaças aos mesmos e às suas famílias, bem como relembrou que não foi ainda dada uma explicação ao facto de não terem sido cumpridos os regulamentos na realização da segunda parte do jogo Estoril Praia–FC Porto da época passada, frisando que “nunca se percebeu esta decisão” e que a Liga “deve dar explicações”.

Já sobre a divulgação pública recente de contratos de jogadores do Benfica, Varandas Fernandes reiterou ser “evidente que não foi no Benfica que a fuga teve origem”.

Dando por garantida “a existência de fragilidades e falta de segurança no sistema de troca de correspondência” da LPFP e da FPF, deixou outra pergunta: “Porque será que só há fugas para a praça pública de contratos do Benfica, e sempre em blogues reconhecidamente associados a outros clubes?”

O Benfica diz ainda não encontrar justificação para “o silêncio e total inação da LPFP e FPF diante do crime de acesso indevido e divulgação de correspondência privada por parte de um clube em relação a outro”, numa alusão ao FC Porto e ao caso dos emails.

Varandas Fernandes disse ser “mais do que tempo de clarificar posições face a comportamentos que criaram um ambiente de enorme pressão sobre as equipas de arbitragem”, e que esta é uma altura de “assumir atitudes que de forma clara defendam a indústria do futebol, diante de factos que merecem reprovação pública e reclamam respostas claras dos responsáveis institucionais”.

O vice-presidente ‘encarnado’ sublinhou que assumir esta posição a pouco mais de uma semana de começar o campeonato nacional foi a forma encontrada pelo Benfica para prevenir que se viva “um clima asfixiante e de guerrilha como o da última época”.

Nesse sentido, deixou à LPFP e FPF o desafio de “publicar nas suas páginas o percurso profissional dos seus dirigentes e dos seus quadros” por forma, justificou, “a desfazer o mito de que o Benfica domina as principais estruturas do futebol português”.

Tal ação, disse a terminar Varandas Fernandes, procura que haja uma “transparência e escrutínio total” que o Benfica acredita “será um contributo decisivo para se acabar com a falsa propaganda de que o Benfica controla as principais instâncias do futebol nacional”.

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