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Benfica SAD. Maxyield defende aumento de capital de 50 milhões (com áudio)

“Devemos privilegiar a poupança nacional e os investidores portugueses, sem rejeitar a presença de capital estrangeiro”, segundo o clube dos pequenos acionistas, que considera “inaceitável” que a participação de investidores estrangeiros tenha exigências de participações mínimas.
  • José Sena Goulão/Lusa
30 Setembro 2021, 07h58

A Maxyield – Clube dos Pequenos Acionistas defende um aumento de capital no valor de 50 milhões de euros.

A Maxyield defende assim o aumento do capital social da Benfica SAD em 50 milhões de euros, considerando que “constitui um importante instrumento para alimentar a capitalização da SAD. O aumento do capital social deve ser feito com salvaguarda da detenção pelo Clube Sport Lisboa e Benfica e Benfica SGPS da maioria dos direitos de voto”.

“Este desiderato ficaria facilitado com a emissão dum mix de novas ações escriturais (com direito a voto) e ações preferenciais sem direito a voto, cuja solução apresenta consagração estatutária. O atual free float do capital (ações disponíveis para negociação bolsista) é de 11% originando uma posição secundária e irrelevante no mercado de capitais, bem como baixos níveis de transação”, acrescenta o clube.

“A solução desejável para reforço do posicionamento na Euronext é a dispersão do capital pelo publico em geral e pequenos acionistas, com obtenção de níveis de free float mais próximos da média do atual PSI 20”, sublinha.

O Clube dos Pequenos Acionistas também defende que é “inaceitável” exigir participações mínimas (como de 25%) para os investidores estrangeiros.

“Devemos privilegiar o primado da dispersão do capital no mercado com focus nos pequenos investidores e preferencialmente nacionais. Este é o caminho a percorrer. A entrada de capitais estrangeiros é admissível mas sem condicionamento a participações mínimas, tal como acontece presentemente do universo PSI20”, disse ao JE o presidente da Maxyield, Carlos Rodrigues.

“Só dispersando o capital, a Benfica SAD terá dimensão e presença forte no mercado de capitais.
Devemos privilegiar a poupança nacional e os investidores portugueses, sem rejeitar a presença de capital estrangeiro que deve estar sujeito ao quadro regulamentar nacional”, destaca o responsável.

“A exigência de participações mínimas (tipo 25 %) é inaceitável e criaria dependências preocupantes. Só assim é possível a Benfica SAD manter uma posição forte em matéria de direitos de voto, no caso de aumento do capital social”, afirma Carlos Rodrigues.

Recorde-se que o investidor norte-americano John Textor tem acordado com o empresário José António dos Santos a compra de 25% do capital da SAD por 50 milhões de euros, um acordo que está suspenso até ao final deste ano.

Na assembleia-geral do Benfica que teve lugar a 25 de setembro, foi aprovado o relatório do exercício de 2020/21 com 57% dos votos a favor. As eleições para a liderança do clube vão ter lugar a 9 de outubro.

“A partir do dia 10, que volte a haver só um Benfica. Que voltemos a estar todos juntos independentemente de quem ganhar as eleições. Os assuntos da nossa casa discutidos na nossa casa. Só nos podemos defender a nós próprios. Os inimigos não estão aqui dentro. Independentemente de debater ideias. Eu respeito as críticas e vou respeitar sempre, mas que sejam feitas aqui, por nós. Foi assim que cresci aqui neste clube, que me desenvolvi para a vida, a discutir os nossos temas aqui dentro. Não por esse país fora a dar azo a que os adversários tirem partido disso também”, disse o atual presidente do Benfica, Rui Costa, na AG de dia 24, citado pelo jornal “Record”.

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