O Banco de Fomento Angola (BFA), detido em 51,9% pela Unitel e 48,1% pelo Grupo BPI, em virtude da actual situação que o mundo atravessa com a pandemia Covid-19, e através do Conselho de Administração, decidiu apoiar o Governo de Angola com uma ajuda no valor até 5.000.000 de dólares na aquisição de material hospitalar essencial.
A medida insere-se no âmbito da área da responsabilidade social do banco angolano que tem como vice-presidente António Domingues.
Os 5 milhões de dólares doados pelo BFA servem para a aquisição de testes de diagnóstico para Covid-19, de ventiladores, de termómetros electrónicos, de desinfectantes hospitalares, de equipamento de protecção individual (Batas, Fatos de protecção biológica, Toucas, Viseiras, Máscaras, Luvas).
“Cientes da pressão que poderá ocorrer nos serviços de saúde, o BFA associa-se desta forma às instituições públicas na missão de prevenir, conter e mitigar a pandemia Covid-19”, refere o banco com sede em Luanda.
O BFA tem em curso um plano de acção e de contingência de prevenção ao Covid-19, em toda a sua operação com o objectivo de proteger adequadamente os seus Colaboradores e Clientes. “Adicionalmente, o BFA recomenda as seguintes boas práticas na utilização dos serviços bancários, como privilegiar o uso dos meios digitais ou telefónicos para realizar operações bancárias ou falar com os Gestores”.
A instituição financeira diz que “as operações do dia-a-dia (consultas, transferências, pagamentos, carregamentos telemóveis, entre outras) podem e devem ser realizadas com toda a segurança e conforto através do serviço do BFA Net, da BFA App ou do Multicaixa Express (na sua maioria gratuitamente)”.
Tal como acontece na Europa, o banco em Angola recomendou recorrer às agências apenas em caso de absoluta necessidade, “em especial se o cliente estiver inserido num grupo de risco (idosos, pessoas com doenças crónicas ou sistema imunitário enfraquecido)”.
“Quando não for possível a utilização de meios digitais para fazer transferências, pagar serviços ou recarregar o telemóvel, devem ser privilegiada a utilização de ATMs, minimizando os contactos pessoais”, disse o BFA em comunicado.
O banco também recomenda evitar o manuseamento de dinheiro, utilizando os pagamentos com cartão.
“Nesta missão é essencial a colaboração de todos”, invoca o banco que está a difundir as medidas da Organização Mundial de Saúde, para evitar a propagação da doença. Como “lavar ou desinfectar as mãos regularmente bem como o seu telemóvel, computador ou Tablet; evitar levar as mãos à boca, ao nariz e aos olhos; e cobrir a boca e o nariz, ao tossir e espirrar, com o braço na zona do cotovelo”. Em caso de sintomas “evitar o contacto com outras pessoas”. E “evitar o contacto com pessoas infectadas”.
Segundo a Lusa, o Presidente de Angola designou o general Pedro Sebastião para coordenar a comissão intersetorial de luta contra o novo coronavírus e melhorar as condições de acolhimento no centro de quarentena de Calumbo, onde várias pessoas se queixaram das condições de acomodação.
Angola fechou fronteiras aéreas, terrestres e marítimas à circulação de pessoas desde as 0h de 20 de março, mas o Governo autorizou alguns voos para transportar cidadãos angolanos de regresso ao país e repatriar cidadão estrangeiros.
Angola e Cabo Verde registaram esta semana os primeiros casos de Covid-19. As autoridades angolanas avançaram, segundo as notícias, que são dois cidadãos angolanos que regressaram recentemente de Portugal.
Já em Cabo Verde, na ilha da Boa Vista, um turista inglês de 62 anos testou positivo, a ilha foi colocada em quarentena.
Moçambique anunciou o primeiro caso de Covid-19. Trata-se de “um moçambicano, com mais de 75 anos, que voltou de uma viagem ao Reino Unido em meados deste mês”, referiu a imprensa de Maputo.
Por sua vez em Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe as autoridades decidiram encerrar as fronteiras, aéreas e terrestres, escolas, bares, restaurantes e proibir a entrada de cidadãos estrangeiros.
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