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Biden diz que tropas dos EUA podem ficar no Afeganistão depois de 31 de agosto (com áudio)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou que os militares norte-americanos vão ficar no Afeganistão até todos os norte-americanos saírem daquele país, mesmo para lá do prazo fixado para a retirada, 31 de agosto.
Alex Wong / Getty Images
19 Agosto 2021, 10h28

As tropas dos Estados Unidos vão continuar no Afeganistão até todos os cidadãos norte-americanos saírem daquele país, mesmo que isso signifique permanecer para lá de 31 de agosto – data da retirada norte-americana do Afeganistão -, garantiu Joe Biden, presidente dos EUA, em entrevista à ABC News.

O presidente norte-americano afirmou que os EUA vão “fazer tudo que estiver ao alcance” para retirar do Afeganistão todos os norte-americanos antes da data fixada para a retirada. Contudo, questionado sobre o que fazer se ainda permanecerem no país norte-americanos para lá do dia 31 de agosto, Biden reforçou  que os  militares “vão ficar até todos saírem”.

Depois dos talibãs terem tomado o controlo de Cabul, a capital do Afeganistão, permaneciam naquele país até 15 mil cidadãos norte-americanos.

Questionado na mesma entrevista sobre o planeamento feito quanto à retirada dos militares do Afeganistão, Joe Biden rejeitou as criticas ao indicar que não havia outra forma de Washington se retirar daquele país. “A ideia de que poderia haver uma forma de escapar sem causar caos, não sei como isso poderia ter acontecido”, revelou.

O presidente norte-americano admitiu, contudo, que os EUA estão a enfrentar dificuldades para retirar do Afeganistão os cidadãos afegãos que que ajudaram as tropas e militares norte-americanos durante o conflito.

Foi a 15 de agosto que os talibãs conquistaram Cabul, a capital do Afeganistão, após terem iniciado uma operação de tomada do poder pela força em maio, quando se iniciou a retirada de militares norte-americanos e da NATO.

Os militares dos Estados Unidos e da NATO estavam no Afeganistão desde 2001, quando Washington decidiu liderar uma ofensiva contra o regime político vigente naquele país desde 1996, que permitia campos de treino do grupo terrorista Al-Qaeda e acolhia o líder terrorista Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001.

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