Depois da reeleição de Alexander Lukashenko, este domingo, os manifestantes na Bielorrússia saíram às ruas para exigir por um país mais democrático e denunciar os atos de violência e de fraudes no processo eleitoral. Segundo os resultados oficiais finais da votação, o chefe de Estado cessante, Alexander Lukashenko, há 26 anos no poder e que obteve o sexto mandato, recolheu 80,23% dos votos, enquanto a grande rival, a opositora Svetlana Tikhanovskaia, chegou aos 9,9%.
Face aos protestos resultantes desta reeleição, a Amnistia Internacional (AI) veio pedir a libertação imediata de manifestantes pacíficos e ativistas políticos, incluindo aqueles que foram detidos em processos com motivações políticas antes das eleições.
“Os confrontos que resultaram em ferimentos de manifestantes e polícias poderiam ter sido evitados se as forças de segurança tivessem respeitado o direito à liberdade de reunião pacífica e atuado com a devida moderação. A polícia agiu fora da lei e está lá para defendê-la”, aponta a diretora regional para a Europa Oriental e Ásia Central da Amnistia Internacional, Marie Struthers.
“Deve ser realizada uma investigação completa e eficaz sobre os terríveis acontecimentos da noite passada, para que todos os responsáveis por violações de direitos humanos sejam levados à justiça”, defende a mesma responsável.
Nos protestos de domingo à noite, que degeneraram em confrontos com a política, um manifestante morreu e dezenas de outros ficaram feridos, segundo dados avançados pela organização não-governamental bielorrussa de defesa dos direitos humanos Viasca.
“Um jovem foi vítima de um traumatismo craniano depois de ter sido atingido por um veículo” das forças da ordem durante as manifestações no centro da cidade, disse a ONG através de um comunicado.
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