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Biovance Capital Fund I recebe investimento da Bial e atinge os 57 milhões de euros

Os 57 milhões são provenientes do Fundo Europeu de Investimento, Banco Português de Fomento e da Comissão Europeia, através dos programas Portugal Tech e InvestEU, e de investidores privados. O fundo investe em empresas de biotecnologia na fase inicial em Portugal e por toda a Europa, com um foco especial no Sul da Europa.
25 Junho 2025, 11h34

A maior empresa farmacêutica portuguesa, Bial, pretende expandir o seu ecossistema de inovação através do investimento no Biovance Capital Fund I, que desde junho de 2024 investe em rondas seed e Série A.

A Biovance Capital, o principal investidor na área da saúde em Portugal, anunciou em comunicado que a Bial, investiu no seu fundo de biotecnologia Biovance Capital Fund I. Este fundo pioneiro investe em empresas que estejam a desenvolver medicamentos inovadores por toda a Europa, com um foco especial em Portugal e no restante Sul da Europa.

O fundo investe em rondas seed e Série A, com montantes entre 1,5 milhões e 6 milhões de euros, disponibilizando capital e apoio cruciais ao desenvolvimento de novos medicamentos em áreas terapêuticas prioritárias como a oncologia, imunologia, e a neurologia.

A Caixa Capital (Grupo Caixa Geral de Depósitos), a Ageas Pensões, o Fundo de Pensões EDP, o Banco Português de Fomento e Comissão Europeia, também já investiram neste fundo. “O fundo tem como investidores principais o Fundo Europeu de Investimento, o Banco Português de Fomento e a Comissão Europeia, através dos programas Portugal Tech e InvestEU. Adicionalmente, o fundo conta com investimento da Caixa Capital (Grupo Caixa Geral de Depósitos), da Ageas Pensões, do Fundo de Pensões EDP e de outros investidores privados”, lê-se no comunicado.

O Biovance Capital Fund I arrancou em junho de 2024 com 51 milhões de euros, tendo posteriormente angariado capital adicional de investidores nos EUA, Europa e Ásia.

Juntamente com o investimento da empresa farmacêutica centenária portuguesa, a dimensão do fundo é agora de 57 milhões de euros, aproximando-se da dimensão máxima de 60 milhões de euros.

A Biovance Capital é o principal investidor na área da saúde em Portugal, tendo sob gestão o fundo Biovance Capital Fund I, um novo fundo de capital de risco fechado.

A Bial é uma empresa farmacêutica portuguesa focada na investigação, desenvolvimento e comercialização de medicamentos, tendo desenvolvido dois medicamentos proprietários para a epilepsia e doença de Parkinson, ambos comercializados em todo o mundo.

“A experiência e liderança de mercado da Bial complementam a estratégia de investimento do fundo Biovance Capital Fund I, fortalecendo as conexões com a indústria farmacêutica e com a comunidade científica, bem como proporcionando conhecimento especializado e possíveis oportunidades de aquisição para as empresas investidas pelo fundo”, refere o fundo no comunicado.

Ricardo Perdigão Henriques, PhD, Managing Partner da Biovance Capital, comenta a entrada da Bial como investidora. “O nosso processo de investimento continuará a manter-se totalmente independente, no entanto, esta parceria proporciona-nos uma valiosa proximidade com a indústria. Além disso, este investimento da Bial é uma importante validação da nossa estratégia de investimento por parte da indústria farmacêutica”, afirma.

“Esta parceria com a Bial, líder em inovação farmacêutica, fortalecerá a nossa proposta de valor junto das empresas onde venhamos a investir, assim como junto de investidores institucionais, criando um ciclo virtuoso que pode, em última análise, acelerar o desenvolvimento de novas terapias disruptivas”, refere o Managing Partner da Biovance Capital.

Alinhado com este propósito, António Portela, CEO da Bial, explicou que o investimento no fundo Biovance Capital Fund I “representa um compromisso estratégico para expandir o nosso ecossistema de inovação para além da I&D interna. Esta parceria dá-nos uma visibilidade valiosa sobre novas modalidades terapêuticas e plataformas inovadoras que complementam as nossas prioridades internas dentro do nosso foco estratégico em neurociências e doenças raras”.

“Além disso, esta colaboração permitir-nos-á obter conhecimentos antecipados sobre novas tendências científicas que contribuirão para o nosso planeamento estratégico de longo prazo, sempre respeitando a independência do fundo e os respetivos requisitos de confidencialidade”, reforça o CEO da Bial.

“Acreditamos que esta abordagem e tipo de parcerias reforçam o ecossistema biotecnológico Europeu, fornecendo tanto capital como conhecimento especializado para acelerar o desenvolvimento de medicamentos inovadores para os doentes”, conclui.

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