BlackRock com ativos recordes no primeiro trimestre mas lucros caem

A BlackRock divulgou hoje os resultados do primeiro trimestre de 2025 e o destaque vai para os 84 mil milhões de dólares de entradas líquidas totais trimestrais, reflectindo um crescimento orgânico anualizado de ativos de 3%, liderado por um primeiro trimestre recorde para os ETFs iShares®, juntamente com mercados privados e entradas líquidas ativas. Isto apesar da volatilidade dos mercados.

Os ativos geridos pela empresa sediada em Nova Iorque aumentaram para 11,58 biliões de dólares, face aos 10,47 biliões de dólares no final do mesmo período de três meses do ano anterior e de 11,55 biliões de dólares no final do ano passado, informou a empresa na sexta-feira.

A BlackRock teve um lucro de  1,51  mil milhões de dólares no primeiro trimestre de 2025, 4% abaixo dos 1,57 mil milhões obtidos no mesmo período do ano anterior. O resultado por ação foi de 9,64 dólares por ação, nos três meses que terminaram a 31 de março, em comparação com 10,48 dólares por ação, um ano antes. Ajustado de itens extraordinários como custos relacionados com aquisições, o lucro por ação foi de 11,30 dólares por ação, traduzindo um aumento de 15% em relação ao ano anterior.

Aumento de 15% no EPS ajustado face ao ano anterior, reflete também uma taxa de imposto efetiva mais baixa, parcialmente compensada por uma menor receita não operacional e um maior número de ações diluídas no trimestre, diz a BlackRock.

A gestora de ativos reporta 375 milhões de dólares em recompra de ações no trimestre atual e um aumento de 2% no dividendo trimestral em numerário, para 5,21 dólares por ação.

O aumento de 12% da receita ano após ano reflete o impacto positivo dos mercados, o crescimento orgânico das comissões e as comissões relacionadas com a aquisição da GIP (Global Infrastructure Partners), bem como maiores serviços de tecnologia e receita de subscrição, parcialmente compensados ​​por taxas de desempenho mais baixas. A BalckRock concluiu em outubro a aquisição da Global Infrastructure Partners.

A maior gestora de ativos do mundo revela que “o maior crescimento orgânico anualizado das comissões de base no trimestre com um aumento generalizado em toda a plataforma, foi impulsionado pelos mercados privados, ETFs e estratégias sistemáticas ativas”.

“A incerteza e a ansiedade sobre o futuro dos mercados e da economia estão a dominar as conversas dos clientes”, afirmou Larry Fink, CEO e Presidente da BlackRock, no comunicado.

“Já vimos períodos como este antes, quando houve grandes mudanças estruturais na política e nos mercados – como a crise financeira, Covid e aumento da inflação em 2022. Sempre nos mantivemos conectados com os clientes, e alguns dos maiores saltos de crescimento da BlackRock se seguiram “, disse ainda.

A gestora de ativos reporta um crescimento de 16% nos serviços tecnológicos e nas receitas de subscrição fase ao ano anterior, impulsionado pela dinâmica contínua do Aladdin® e pelo impacto parcial da transação da Preqin, concluída a 3 de março de 2025.

A BlackRock fala de um aumento de 0,3% no resultado operacional GAAP em relação ao mesmo período do ano anterior e diminuição de 8% no lucro diluído por ação (EPS) GAAP, impactados por custos relacionados com aquisições, que foram excluídos dos resultados ajustados.

Houve um aumento de 14% no resultado operacional ajustado face ao ano anterior.

Laurence D. Fink, Presidente e CEO da BlackRock, afirma na nota que “a posição da BlackRock e a sua ligação com os clientes estão mais fortes do que nunca, o que é evidente nos nossos resultados. Alcançámos um crescimento orgânico das comissões base de 6% no primeiro trimestre, o que representa o nosso melhor início de ano desde 2021 e uma força estrutural contínua num contexto de mercado complexo. Estamos a ajudar os clientes a navegar as mudanças nos mercados e na política, ao mesmo tempo que lhes fornecemos perspetivas sobre oportunidades de crescimento estrutural a longo prazo”.s.”