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Bloco de Esquerda apela a “algum balanceamento” no plano de desconfinamento

A líder bloquista, Catarina Martins, entende que um país que possa estar a desconfinar “não precisa de um novo estado de emergência”, e que o que é preciso é testar mais, acelerar o ritmo de vacinação e reforçar os apoios económicos e sociais.
  • António Pedro Santos/Lusa
13 Abril 2021, 18h09

O Bloco de Esquerda (BE) defendeu esta terça-feira que é preciso “algum balanceamento” do plano de desconfinamento devido à evolução da Covid-19. A coordenadora do BE, Catarina Martins, referiu que um país que possa estar a desconfinar “não precisa de um novo estado de emergência”, e que o que é preciso é testar mais, acelerar o ritmo de vacinação e reforçar os apoios económicos e sociais.

“Compreendemos a necessidade de algum balanceamento das decisões de desconfinamento. Há matérias em que aparentemente não há perigo, como por exemplo, a reabertura das escolas, mas há outros sinais que são mais complicados”, referiu Catarina Martins, após ter estado reunida por videoconferência com o Presidente da República sobre a eventual renovação do estado de emergência.

Sem precisar quais os que inspiram mais dúvidas sobre a reabertura, a líder bloquista referiu que é necessário avançar com “mais testes e rastreios” à Covid-19 em todo o país. A par disso, considerou que é necessário acelerar a vacinação e ter um “um discurso claro sobre as vacinas que dê segurança às pessoas”. “em sido irresponsável a forma como tem sido gerida a questão dos efeitos secundários das vacinas”, disse.

“Até agora, não existe um risco acrescido numas vacinas em relação a outras. A nossa responsabilidade exige-nos que haja uma política estável sobre a vacinação, que não gere alarmismos”, sublinhou, insistindo que, para contornar os atrasos na vacinação, é preciso comprar mais vacinas “consideradas seguras e eficazes” pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) e “ultrapassar questão das patentes”.

‘Não’ a um estado de emergência “permanente”

Sobre a eventual renovação do estado de emergência, reiterou que “um país que possa estar desconfinado é um país que não precisa de um novo estado de emergência”. “Se uma nova fase de desconfinamento poder avançar se nenhum tipo de outras medidas, não tem sentido estar com estado de emergência”, disse.

A líder bloquista destacou que “não tem sentido haver uma banalização do estado de emergência” e que esse estado de exceção, que poderá vir a ser aprovado pela 15.ª vez devido à Covid-19, “não se deve arrastar indefinidamente” nem ser “permanente”. “Só deve continuar caso venham a ser necessárias medidas para controlar a pandemia”, argumentou Catarina Martins.

A coordenadora do BE alertou ainda para a necessidade de se reforçarem os apoios económicos e sociais: “Se entendemos a necessidade de medidas de confinamento ou de restrição, dissemos sempre que elas têm de ser acompanhadas dos apoios sociais e económicos. Esses apoios em Portugal têm ficado aquém do necessário”, sustentou.

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