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Bloco de Esquerda faz ‘contra-cimeira’ e critica “liberalismo europeu bastante extremado”

A contra-cimeira organizada pelo Bloco de Esquerda, que contou com a presença do Partido da Esquerda Europeia, acontece no mesmo dia em que decorre a cimeira social dos líderes europeus no Porto. 
7 Maio 2021, 16h18

O Bloco de Esquerda (BE) promoveu uma ‘contra-cimeira social’ esta sexta-feira e, durante o evento, criticou a bordagem europeia perante os problemas sociais. A contra-cimeira organizada pelo BE acontece no mesmo dia em que decorre a cimeira social dos líderes europeus no Porto, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE).

O deputado do BE Luís Fazenda considerou que a Europa finge olhar para a situação social com enormes injustiças, “mas não tem nem as receitas nem as medidas necessárias” para enfrentar a situação. Para o bloquista, “devia haver um papel vinculativo nos tratados para que este Pilar Social Europeu pudesse traduzir-se na vida concreta dos cidadãos da União Europeia”.

No entanto, segundo Luís Fazenda, isso não parece possível com os atuais tratados marcados por “um liberalismo bastante extremado” e um “funcionamento bastante antidemocrático” sendo afinal “mais uma contraprova de que os tratados são negativos para o funcionamento democrático da UE”.

Por sua vez, o presidente do Partido da Esquerda Europeia (PEE), Heinz Bierbaum, destacou a importância da contra-cimeira que “torna visível a perspetiva da esquerda de uma Europa Social”.

“Na cimeira europeia há apenas uma declaração sem medidas vinculativas. Precisamos de direitos sociais vinculativos, por exemplo na forma de um protocolo social, como exigiram os sindicalistas europeus na sua cimeira realizada ontem”, defendeu o presidente do PEE, garantindo que “a pandemia tornou evidente que a política neoliberal não é capaz de abordar a crise de maneira adequada”.

Durante a sua intervenção, Heinz Bierbaum referiu ainda serem precisos “direitos sociais vinculativos, por exemplo na forma de um protocolo social, como exigiram os sindicalistas europeus na sua cimeira realizada ontem”. “Precisamos de reduzir drasticamente as emissões de CO2 e um “green new deal” de esquerda é um elemento chave para esse caminho”, acrescentou.

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