A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, revelou, esta terça-feira, no debate de votação do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) na generalidade, que o partido levará à especialidade a proposta sobre o complemento de pensão “que compense o factor de sustentabilidade de quem tanto trabalhou”.
Numa intervenção no debate de votação na generalidade do documento – que terá os votos a favor do BE, a par do PS, PCP, PAN e PEV – Catarina Martins disse ainda que ainda que defenda a negociação colectiva, o BE não abdicará “sobre a concretização das normas orçamentais e sempre que as julgarmos contrárias ao acordado, não deixaremos de as trazer ao debate”.
A líder bloquista disse que o partido poderá, assim, pedir a apreciação parlamentar dos decretos-lei que estão a ser negociados à margem do acordado com os partidos.
Catarina Martins relembrou ainda “os riscos externos” decorrentes do contexto internacional e não poupou nas críticas à direita: “o CDS sem uma ideia para o orçamento decidiu saltar do orçamento para outra coisa qualquer. Falemos de Tancos e pode ser que ninguém perceba. O caso de Tancos é muito grave, o problema é que o CDS faz de Tancos uma escapatória para fugir ao debate sobre o orçamento”.
“O OE levanta duas questões que dividem o caminho entre a direita e a esquerda. A primeira é a universalidade do Estado social. Pergunta a direita porque não investimentos apenas em apoios aos mais desfavorecidos? Porque uma coisa são as medidas de combate à riqueza, que têm sido reforçadas a cada ano, e outra coisa é a defesa do Estado social e esse tem que assentar na universalidade das suas politicas. Quem ganha mais, paga mais impostos, na escola pública somos todos tratados de forma igual”, acrescentou.
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