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Boas notícias da China sentem-se em Wall Street

Apesar de se ter mantido estável, o crescimento da economia chinesa beneficiou as bolsas europeias e norte-americanas. A nível empresa, destaca-se o tecnológico. A Qualcomm disparou 14% depois do acordo com a Apple.
  • Brendan McDermid / Reuters
17 Abril 2019, 14h56

A bolsa de Nova Iorque arrancou no ‘verde’, com os investidores sobretudo otimistas por causa da economia chinesa. Os mercados financeiros norte-americanos abriram a sessão desta quarta-feira, 17 de abril, em terreno positivo, mas o industrial Dow Jones recua 0,10% (para os 26.425,85 pontos). Por outro lado, o alargado S&P 500 soma 0,18%, para os 2.911,92 pontos, e o tecnológico Nasdaq sobe 0,45% e ultrapassa os 8.000 pontos (para os 8.035,83). Também o Russell 2000 desvaloriza (-0,03%), para os 1.580,83 pontos.

A economia da segunda maior potência mundial cresceu 6,4%, em termos homólogos, mantendo-se estável. Carla Maia Santos, responsável de vendas da XTB realça o facto de a produção industrial chinesa ter crescido ao ritmo mais elevado desde julho de 2014 (8,5%) e as vendas a retalho terem aumentado 8,7%: “São dados animadores face ao tão temido abrandamento global. Mas os investidores colocam agora em causa a possibilidade de o governo de Pequim não avançar com estímulos à economia, face a dados tão positivos”, explica, em comunicado enviado hoje.

“O PIB chinês manteve o ritmo de crescimento do quarto trimestre de 2018, e surpreendeu os analistas que esperavam um ligeiro arrefecimento. Este é de resto o driver para o setor automóvel que tem este mercado como fundamental para o seu crescimento. O setor dos recursos naturais também poderia beneficiar deste ambiente, mas acaba por ser afetado pela queda dos preços do minério de ferro”, refere Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, em research de mercado.

A nível empresarial, como é do Nasdaq que vêm as principais notícias, é lá que estão as subidas e descidas que merecem maior destaque. O Morgan Stanley avança 1,02%, para 47,50 dólares, depois de ter superado as expectativas do mercado e apresentado um produto bancário de 10,3 mil milhões de dólares (cerca de 9,1 mil milhões de euros) no primeiro trimestre do ano.

Já a Apple e Qualcomm seguem em terreno positivo porque chegaram a acordo para encerrar todos os litígios que tinham em tribunal. A gigante tecnológica de Tim Cook valoriza 0,87%, para 201,04 dólares, enquanto a sua “nova parceira” dispara 14,11%, para 80,42 dólares. “Além disso, as empresas estabeleceram um acordo de fornecimento de chips e tecnologia, com a Apple a pagar royalties”, refere o mesmo especialista da sala de mercados do BCP.

Em contraciclo com o índice ao qual pertence está a Netflix (-1,44%, para 354,27 dólares), numa altura em que a Apple e Walt Disney preparam serviços de streaming que irão concorrer com a sua plataforma. A empresa com sede na Califórnia teve mais 9,6 milhões de assinaturas pagas nos primeiros meses de 2019 e uma receita de 4,5 mil milhões de dólares (aproximadamente 4 mil milhões de euros).

A IBM (International Business Machines) tomba 5,05%, para 137,84 dólares. Em causa está a queda de 5,2% nos lucros trimestrais da multinacional de informática, para 1,59 mil milhões de dólares (perto de 1,4 mil milhões de euros) – abaixo da expectativa dos peritos de Wall Street.

Quanto ao petróleo, mantém-se acima dos 70 dólares/barril. A a cotação do barril de Brent está a somar 0,03%, para 71,74 dólares, enquanto a cotação do crude WTI cresce 0,14%, para 64,14 dólares por barril. No mercado cambial, nota para a apreciação de 0,19% do euro face ao dólar (1,1301) e para a ligeira desvalorização de 0,02% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,3046).

Notícia atualizada às 15h20

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