A ausência de instalação de alarmes terá sido a causa para a queda dos aviões da Ethiopian Airlines e Lion Air. Estes dispositivos que deveriam estar colocados nas cabines dos pilotos não se encontravam em nenhum dos aviões destruídos, porque a Boeing vende-os como um extra, de acordo com o jornal “Expansión” que cita o “The New York Times” esta sexta-feira.
A empresa americana já veio dizer que vai resolver o problema instalando o alarme no novo avião 737 MAX e nos 350 existentes. Quando os dois sensores do ‘ângulo de ataque’ transmitem informações inconsistentes, é sinal de que um deles não está a funcionar corretamente, e um aviso é dado aos pilotos.
Esse ângulo de ataque é o ponto principal na fase do levantamento do avião, já que se o nariz estiver muito alto, poderá fazer com que entre em descida. O software da Boeing, conhecido como MCAS, interpretou que o nariz estava muito alto e colocou-o na posição de descida, o que causou os dois acidentes.
Entre as companhias aéreas que não possuem esta segurança extra está a norueguesa Norwegian, que é a principal cliente europeia da Boeing com 18 unidades e aguarda a entrega de mais 110 aviões.
Na quinta-feira, a Ethiopian Airlines explicou que o piloto do acidente que vitimou 157 pessoas recebeu treinos específicos no 737 MAX 8 em simuladores. O problema é que a Boeing não inclui o MCAS nesse tipo de treino. De acordo com a “Reuters” a caixa negra do voo 610 da Lion Air em outubro registou nos 20 segundos antes da colisão a voz dos dois pilotos a procurarem desesperadamente no manual do avião uma solução para a falha do sistema.
O FBI juntou-se às investigações do Governo e do Congresso dos EUA sobre possíveis irregularidades no processo de certificação de segurança dos aviões, que é tratado pela Administração Federal de Aviação (FAA na sigla inglesa).
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