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Boicote ao Qatar afeta Credit Suisse, Deutsche Bank e Barclays

Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein lançaram um embargo económico no passado 5 de junho, com algumas autoridades a apoiarem a ideia de que as sanções poderiam ser estendidas às empresas que negoceiam com o Qatar.
9 Agosto 2017, 16h25

Abu Dhabi lançou um boicote informal aos bancos ocidentais que incluem grandes acionistas do Qatar, como forma de reforçar o impacto do embargo de dois meses dos países árabes contra o estado rico em gás que é acusado de financiar grupos terroristas.

Instituições como o Credit Suisse, o Deutsche Bank e o Barclays foram informados que não terão, provavelmente, ganhos significativos da capital dos Emirados Árabes Unidos nos próximos meses, noticia o Financial Times. A causa apontada passa pelas participações detidas pelo fundo soberano do Qatar e membros da família dominante.

As entidades do Qatar possuem cerca de 6% do Barclays, cerca de 5% do Credit Suisse é propriedade do Qatar Investment Authority, que tem direitos de compra de mais 13%, e, por último, o Deutsche Bank que tem 6% de participações do Qatar.

A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Egito e o Bahrein lançaram um embargo económico no passado 5 de junho, com algumas autoridades a apoiarem a ideia de que as sanções poderiam ser estendidas às empresas que negoceiam com o Qatar.

As autoridades ocidentais afirmam ter alertado os seus aliados contra a imposição de restrições mais expansivas. Um banqueiro explica que “foi-nos dito que há um boicote informal, não há nada que possamos fazer”, e um outro funcionário confirma que não haverá reconhecimento público do boicote.

Os funcionários de Abu Dhabi recusaram comentar a questão. O boicote informal é um desenvolvimento alarmante para as instituições financeiras com participações do Qatar, já que limita potencialmente as oportunidades de negócios nos estados do Golfo. Além do embargo formal do ar e do mar, os bancos da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos estão a retirar bilhões de dólares de depósitos em instituições do Qatar.

O boicote surgiu durante a concessão de mandatos da Abu Dhabi National Oil Company para lidar com a oferta pública inicial de um braço de retalho da empresa estatal em julho.

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