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Bolsa de Lisboa acompanhou ‘vermelho’ da Europa com família EDP em forte baixa

As bolsas europeias viveram uma segunda-feira de perdas, com o abrandamento da economia chinesa a gerar desconforto nos investidores. No mercado nacional, o grupo EDP foi protagonista das maiores quedas.
Reuters
16 Julho 2024, 07h30

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão de segunda-feira com algumas perdas fortes e o sentimento negativo seguiu a tendência das principais praças europeias, condicionadas pelos dados que chegaram da economia chinesa.

Por cá, as maiores descidas foram observadas no grupo EDP, que levou o índice PSI para um recuo de 1,40%, até aos 6.716 pontos.

As ações da EDP Renováveis desvalorizaram 6,21%, até aos 13,44 euros, no mesmo dia em que a empresa avançou com a informação de que tem um projeto com a Google no âmbito da energia solar. Seguiu-se a EDP, que registou um tombo de 3,58% e deixou as negociações em 3,55 euros. De resto, o dia foi particularmente negativo para o sector energético um pouco por toda a Europa.

Mais atrás, a Jerónimo Martins caiu 1,63%, para 19,30 euros, ao passo que a Sonae resvalou 1,61% e ficou-se pelos 0,914 euros.

No ‘verde’, a Semapa adiantou-se 1,87%, para 15,22 euros, enquanto o Millenium BCP deu um salto de 1,47% e os títulos alcançaram os 0,3806 euros. Para a subida da cotação de mercado do banco, houve um contributo notório da subida da avaliação efetuada pelo banco de investimento Keefe, Bruyette & Woods, que fez subir o preço-alvo atribuído àquelas ações de 0,45 euros para 0,47 euros.

Entre os mais importantes índices europeus registou-se um sentimento idêntico, numa sessão em que não apenas o sector da energia, mas também o do luxo, foram protagonistas de perdas fortes. As perdas arrastaram-se desde a abertura da sessão. Em causa estão os sinais que comprovam um arrefecimento da economia chinesa, que recuou mais do que o esperado no segundo trimestre, tanto em cadeia como em termos homólogos.

As vendas a retalho naquele país cresceram abaixo do esperado no segundo trimestre, o que comprova dificuldades do governo em ver resultados nos esforços para impulsionar a segunda maior economia do mundo.

Olhando aos mercados europeus, o pessimismo é evidente. Neste âmbito, há a salientar a queda de 16% nas ações da Burberry, cujas contas apontam para lucros abaixo das expetativas que existiam.

Entre os mais importantes índices, o Euro Stoxx 50 encerrou o dia com a maior descida, na ordem de 1,22%, seguido de perto por França, que derrapou 1,19%. Reino Unido e Espanha registaram recuos superiores a 0,90%, ao passo que a Alemanha caiu 0,86% e Itália perdeu 0,59%.

Esta terça-feira, tempo para os Estados Unidos darem a conhecer os dados referentes às vendas a retalho a junho, depois de a bolsa de Wall Street ter mantido a tendência dos últimos tempos ao atingir novos máximos históricos. De resto, afigura-se a possibilidade de o dólar norte-americano cair face a inseguranças geradas pelo ataque a Trump que aconteceu no sábado.

Entre os mercados europeus, os investidores terão as atenções voltadas para a divulgação dos dados da inflação, que vão ser conhecidos na quarta-feira. No dia seguinte há reunião do BCE, da qual não é de esperar que surja alguma mexida nas taxas de juro.

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