[weglot_switcher]

Bolsa de Lisboa arrastada por queda de mais de 11% do BCP

Títulos do BCP castigaram principal índice português, numa Europa com tendência negativa no dia em que o BCE anunciou que vai manter os juros inalterados.
Brendan McDermid/Reuters
19 Janeiro 2017, 17h18

Um tombo de mais de 11% das ações do Millennium BCP castigou o principal índice lisboeta, que fechou a cair 1,45% para 4.538,60 pontos, em linha com os mercados europeus, a refletirem a reunião do Banco Central Europeu (BCE). A instituição europeia anunciou, esta quinta-feira, em Frankfurt, que vai manter os juros inalterados, existindo a possibilidade de alargamento de estímulos.

O banco liderado por Nuno Amado perdeu 11,37% para 0,1427 euros por ação, no dia em que começou a negociação dos direitos de subscrição do aumento de capital com uma cotação teórica de 1,005 euros. Esta negociação começou nos 61 cêntimos e subiu para os 67 cêntimos, prolongando-se até 30 de janeiro.

Os títulos das energéticas também penalizaram o PSI 20. A petrolífera Galp Energia recuou 1,05%, a Energias de Portugal desceu 1,10% e a EDP Renováveis caiu 1,03%.

No lado dos ganhos, a Sonae liderou com uma subida de 2,34%, seguida da Mota-Engil, que valorizou 1,73%. O Haitong Bank anunciou ontem que a Sonae passou a fazer parte da 21ª compilação das ‘Balas de Prata’ Ibéricas, uma lista de “empresas com fundamentais sólidos e com potencial de subida ou ligadas a um evento específico que possa impulsionar o desempenho da ação nos próximos três meses”. Também em terreno positivo, a Sonae Capital somou 1,27% e a Corticeira Amorim avançou 0,51%.

As praças europeias seguiram uma tendência negativa. O índice FTSE 100 de Londres caiu 0,53% e o francês CAC 40 perdeu 0,31%.

O banco central anunciou que manteve a taxa de referência nos 0%, confirmando-se as previsões dos analistas. A taxa de juro aplicável aos depósitos mantém-se em -0,40% e a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez manteve-se em 0,25%.

Na reunião, foi ainda divulgado que o BCE “continuará a efetuar aquisições ao abrigo do programa de compra de ativos ao atual ritmo mensal de 80 mil milhões de euros até ao final de março de 2017 e que, a partir de abril de 2017, as compras líquidas de ativos prosseguirão a um ritmo mensal de 60 mil milhões de euros até ao final de dezembro de 2017, ou até mais tarde, se necessário, e, em qualquer caso, até que o Conselho do BCE considere que se verifica um ajustamento sustentado da trajetória de inflação, compatível com o seu objetivo para a inflação”.

No mercado cambial, o dólar regressa aos ganhos depois da divulgação dos relatórios económicos positivos dos EUA. O euro deprecia-se 0,05% para 1,0625 dólares, enquanto a libra avança 0,55% para 1,2325 dólares.

No mercado petrolífero, a matéria-prima está em alta. O barril de Brent sobe 0,56% para 54,22 dólares, e o de Crude avança 0,82% para 51.50 dólares.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.