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Bolsa de Lisboa fecha em queda apesar da subida das papeleiras

A pressionar o mercado estiveram, entre outras, as ações do BCP, da NOS e da Jerónimo Martins. Na Europa o verde dominou os mercados ajudados pelos novos inputs sobre a guerra comercial, que sinalizam uma aproximação entre os EUA e a China para fecharem o acordo de “fase um”.
15 Novembro 2019, 17h28

A bolsa portuguesa encerrou em ligeira baixa, apesar das valorizações de algumas empresas como a Altri (+1,93% para 6,070 euros) e a Navigator (+1,74% para 3,624 euros). A NOS liderou as perdas ao deslizar -2,56% para 5,140 euros. A Jerónimo Martins perdeu -0,83% para 14,850 euros e a REN também se destacou nas perdas (-0,72% para 2,760 euros). A rede eléctrica apresentou contas dos nove meses após o fecho do mercado e reportou lucros a caírem 5% para 86 milhões. O BCP, ilustre representante do setor financeiro no PSI-20, caiu -0,38% para 0,2092 euros.

O PSI-20 desceu 0,13% para 5.267,7 pontos.

“De facto, as empresas de caráter mais cíclico, mais sensíveis aos cíclicos económicos e/ou às temáticas relativas ao comércio internacional, foram hoje beneficiadas. De salientar a Altri, a Navigator e a Mota-Engil”, refere o BPI no seu comentário de fecho.

A Galp subiu 0,43% (para 15,185  euros), em linha com o aumento do preço do petróleo. O Brent em Londres avança 1,59% para 63,27 dólares. A empresa portuguesa, parceira no consórcio BM-S-11A, informa que “a FPSO P-68 entrou em produção na região do pré-sal da bacia de Santos. A FPSO P-68 é a décima unidade da Empresa a operar no Brasil e terá um importante contributo para a trajetória de crescimento da produção da Galp no país”. Essa notícia pode ter ajudado à subida dos títulos.

Nesta última sessão da semana, a maioria das bolsas europeias fecharam em terreno positivo, perante os progressos relativos às negociações entre os EUA e a China. Aliás, só Portugal e a Grécia é que fecharam em terreno negativo.

O EuroStoxx 50 subiu 0,62% para 3.711,61 pontos. Nas praças da Europa, o FTSE 100 ganhou 0,14% para 7.302,9 pontos; o CAC 40 valorizou 0,65% para 5.939,3 pontos; o DAX avançou 0,47% para 13.241,75 pontos; o FTSE MIB subiu 0,46% para 23.588,6 pontos e o IBEX registou ganhos de 0,96% para 9.261,4 pontos.

“Em termos setoriais os ganhos foram fundamentalmente abaixo dos 1%, tendo o setor tecnológico figurado como um dos melhores performers. Pelo contrário, as utilities, consideradas como um setor mais defensivo, registaram uma underperformance relativa”, relata o BPI.

Em termos de indicadores económicos, a inflação na Zona Euro registou em outubro um abrandamento dos 0.80% em setembro para os 0.70%.

Segundo o Eurostat em outubro de 2019, a taxa de inflação anual (variação homóloga) em Portugal, medida pelo IHPC, situou-se em -0,1% para Portugal, de 0,7% para a Zona Euro e 1,1% para a UE a 28.

Hoje foram conhecidas as estatísticas do Eurostat do Comércio Internacional. Entre janeiro e setembro de 2019, Portugal registou um défice da Balança de Bens de 15,6 mil milhões de euros, o que compara com um défice de 12,3 mil milhões de euros no período homólogo. As exportações de bens face ao período homólogo (variação homóloga anual) aumentaram 2% neste período, tendo-se verificado um crescimento das exportações intra-UE (4%) e redução nas exportações extra-UE (-1%). As importações de bens aumentaram 8% neste período.

O Estado-Membro em que se observou o maior excedente da Balança de Bens foi a Alemanha (172,1 mil milhões de euros), seguida da Irlanda (50,0 mil milhões de euros), Holanda (47,3 mil milhões de euros) e Itália (35,1 mil milhões de euros). O Reino Unido foi o Estado-Membro onde se registou o maior défice (149,4 mil milhões de euros), seguido de França (56,1 mil milhões de euros) e Espanha (26,7 mil milhões de euros).

Entre janeiro e setembro de 2019, a Balança de Bens da Zona Euro com o resto do mundo registou um excedente de 155,5 mil milhões de euros, o que compara com um excedente de 147,3 mil milhões de euros no período homólogo. Neste período, as exportações de bens para fora da Zona Euro aumentaram 2,9%  face ao período homólogo e o comércio dentro da Zona Euro aumentou 1,4%.

No período em análise, a Balança de Bens da UE a 28 com o resto do mundo registou um défice de 29,9 mil milhões de euros, o que compara com um défice de 10,3 mil milhões de euros no período homólogo. As exportações de bens da UE a 28 para o resto do mundo aumentaram 3,6% neste período e o comércio dentro da região aumentou 1,8%.

No mercado de dívida soberana a tendência é de subida dos juros na Alemanha. O Estado de Merkel tem os juros a 10 anos a agravar 1,7 pontos base para -0,334%.

Já Portugal tem hoje os juros em queda (- 1 ponto base para 0,372%). Espanha acompanha Portugal na descida dos juros ao registar uma queda d 1,7 pontos base para 0,44%. Itália vê os juros descerem 9,2 pontos base para 1,233%.

O euro sobe 0,24% para 1,1048 dólares.

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