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Bolsa de Lisboa fecha em queda arrastada pelo papel e pela banca

Os mercados europeus fecharam em queda com as incertezas sobre o acordo da China com os Estados Unidos. A China está pessimista em alcançar um entendimento inicial com os Estados Unidos. Por cá, as quedas da Altri, Navigator e BCP fizeram mossa. Nem a subida da EDP e Jerónimo Martins compensou.
18 Novembro 2019, 17h19

A bolsa portuguesa terminou o dia de hoje em ligeira baixa (-0,16% para 5.259,37 pontos).

Os títulos mais sensíveis aos ciclos económicos e/ou às relações comerciais globais, “foram penalizados pelo sentimento de maior incerteza que hoje voltou aos mercados”, diz o analista do BPI. A Altri (-2,64% para 5,910 euros) e a Navigator (-1,60% para 3,566 euros) lideraram perdas.

O BCP caiu -1,91% para 0,2052 euros, em linha com a performance registada pelo respetivo setor na Europa.

Outros títulos com menos peso também registaram fortes quedas. A Pharol caiu -2,25% e a F. Ramada recuou -1,59%.

Já em sentido oposto a energia, retalho e correios destacaram-se. “A EDP (+1,51% para 3,767 euros), a Jerónimo Martins (+1,35% para 15,050 euros) e os CTT (+0,58% para 3,148 euros) apresentaram uma overperformance. A EDP gozou do seu caráter defensivo”, diz o BPI.

As ações da EDP estão a cotar ao valor mais alto desde 6 de junho de 2008.

Lá fora  o EuroStoxx50 fechou nos 3.704,92 pontos (-0,18%). O CAC 40 em Paris desceu 0,16% para 5.929,79 pontos; o Dax fechou nos 13.207 pontos (-0,26%); o FTSE 100 fechou positivo(+0,07% para 7.307,7 pontos); o Ibex 35, fechou nos 9.258 pontos (-0,04%)  e o FTSE MIB perdeu 0,53% para 23.464 pontos.

As ações da Bolsas Y Mercados Espanoles (BME) subiram mais de 30%, depois da operadora da bolsa suíça SIX Group ter anunciado uma oferta de compra por 0,34 euros por cada ação da Bolsa de Madrid.

No âmbito empresarial, a Volkswagen realizou hoje o seu Capital Day. Durante este evento, a empresa reduziu as suas perspetivas de médio prazo para o lucro e vendas operacionais. As ações desvalorizaram-se mais de 4%.

Foi noticiado hoje que o Governo Chinês referiu à CNBC a China está pessimista em alcançar um entendimento inicial com os Estados Unidos, uma vez que o presidente da maior economia do mundo, Donald Trump, não parece querer ceder na questão da retirada de tarifas aplicadas a produtos “made in China”. Esta notícia surge depois dos comentários do ministro do Comércio da China, que ontem disse que existiam discussões construtivas entre os dois países.

“O sentimento relativo às conversações sino americanas mudava hoje de face, desencadeando uma maior aversão ao risco por parte dos investidores”, refere o BPI.

O petróleo cai no mercado de Londres 1,72% para 62,21 dólares.

O euro sobe 0,27% para 1,1081 dólares.

Já o mercado de dívida soberana regista uma queda das bunds alemãs de 0,2 pontos base para -0,336%. A dívida portuguesa perde 2,5 pontos base para 0,347%, ao passo que a dívida espanhola desce 2,6 pontos base para 0,414%. Itália segue as congéneres e cai 2,5 pontos base para  1,208%.

 

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