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Bolsa de Lisboa fecha em queda. Banca penaliza IBEX

A banca foi penalizada na Península Ibérica. Isto um dia depois da fusão do CaixaBank com o Bankia ter sido aprovada e depois do BCE anunciar que vai permitir aos bancos da zona euro ficarem mais endividados devido às “circunstâncias excecionais”.
18 Setembro 2020, 17h23

O PSI-20 fechou nos 4.252,43 pontos esta sexta-feira, a cair 0,80% face ao fecho do dia anterior.

O tombo do dia coube à NOS, que fechou a cair -5,21% para 3,13 euros. Mas a descida da cotação da Galp também não foi displicente. A petrolífera caiu 3,59% para 8,71 euros.

As ações da Mota-Engil caíram -3,20% para 1,270 euros; a Navigator deslizou -2,20% para 2,31 euros; a Ibersol recuou -2,21% para 5,30 euros e o BCP caiu -1,95% para 0,0907 euros, arrastado pela queda dos títulos da banca no índice espanhol, um dia depois da fusão do CaixaBank com o Bankia ter sido aprovada.

Em alta destacou-se a EDP Renováveis que subiu +3,17% para 14,34 euros. Ontem a EDP anunciou que emitiu 850 milhões de euros em green bonds a sete anos.

A Novabase valorizou +1,40% para 3,610 euros. Também a Corticeira Amorim se destacou ao subir +1,10% para 11,02 euros.

Banca castiga IBEX em dia negativo das bolsas europeias

As bolsas europeias encerraram em baixa esta sexta-feira. “O facto de ser Quadruple Witching Day, isto é, dia de vencimento simultâneo de futuros de índices de ações, futuros de ações, opções de índices e opções de ações justificou um volume transacionado superior ao habitual (turnover do Euro Stoxx 50 mais que duplicou a média das últimas 20 sessões)”, salienta Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium investment banking.

Também as informações contraditórias relativamente ao timing de chegada da vacina Covid-19 “acabaram por deixar os investidores mais indecisos na sua tomada de decisão”, adianta o mesmo analista.

O EuroStoxx 50 caiu 0,99% para 3.283,7 pontos. As perdas afetaram toda a Europa. O FTSE 100 caiu 0,71% para 6.007 pontos; o CAC perdeu 1,22% para 4.978,2 pontos; o DAX recuou 0,70% para 13.116,2 pontos; o FTSE MIB desceu 1,09% para 19.524,9 pontos e o IBEX liderou as perdas ao tombar 2,21% para 6.929,8 pontos.

“A Banca reagiu com indiferença ao ambiente de fusões em Espanha, onde o CaixaBank confirmou uma oferta sobre o Bankia para criar o maior banco do país vizinho, até porque de certa forma a operação já estaria incorporada nos mercados”, refere o analista do BCP.

O setor acabou mesmo por ser o que mais recuou, mesmo no dia em que surgiram notas de que o BCE se prepara para suspender a proibição à distribuição de dividendos na Banca no início do próximo ano, decisão apoiada por vários membros do conselho de supervisão. “Essa era de resto a indicação inicial do regulador”, disse o analista.

A queda da banca acontece um dia depois de o Banco Central Europeu (BCE) anunciar que vai permitir aos bancos da zona euro ficarem mais endividados devido às “circunstâncias excecionais devido à pandemia” da Covid-19.
A instituição europeia informou que permitirá aos bancos que supervisiona diretamente, com caráter temporário até 27 de junho de 2021, excluírem certas exposições ao banco central do rácio de alavancagem, de modo a que as entidades tenham mais espaço para poderem pedir mais empréstimos porque o BCE não lhes exigirá mais capital por isso.

A supervisão bancária do BCE deu este passo depois de o conselho do BCE ter confirmado que existem “circunstâncias excecionais devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19)”.

CaixaBank lança oferta ao Bankia e avalia-o em cerca de 3,8 mil milhões

O banco espanhol chegou a acordo com o seu concorrente, que é controlado pelo Estado, para pagar 0,6845 ações do CaixaBank por cada uma do Bankia detida, o que avalia o alvo de OPA em cerca de 3,8 mil milhões de euros.

A oferta de compra do CaixaBank ao Bankia foi um dos temas da sessão. O IBEX foi dos mais castigados com a queda da Inditex (-2,40%) e do Santander (-3,78%) a serem as mais penalizadoras.

Já a alemã Covestro (+5%) mostrou-se animada com rumores de que poderá ser alvo de aquisição.

A nível macroeconómico, destaca-se as vendas a retalho no Reino Unido com desempenho acima do previsto. Excluindo combustíveis houve um aumento homólogo de 4,3% em agosto (estimava-se 4,2%). As vendas totais subiram 2,8% (esperava-se 2,7%).

Há ainda a salientar a notícia que os preços no produtor alemão abrandam queda. O IPP desceu 1,2% em agosto (esperava-se queda de 1,4%), o que compara com os 1,7% em julho.

O euro ganha 0,06% para 1,1855 dólares.

O Brent em Londres cai ligeiramente (-0,07%) para 43,27 dólares o barril.

No mercado de dívida pública, a Alemanha tem os juros a 10 anos a subir 0,52 pontos base para -0,49%. Portugal assiste a uma agravamento dos juros de 1,56 pontos base para 0,30% e Espanha de +1,95 pontos base para 0,28%.

 

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