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Bolsa de Lisboa segue em queda. Jerónimo Martins cai quase 5%

O grupo Sonae – Sonae SGPS e Sonae Capital – está em contraciclo com uma subida de 0,68% e 4,49%, respetivamente.
1 Abril 2020, 12h37

A bolsa de Lisboa continua em terreno negativo a meio da sessão desta quarta-feira (1 de abril), com uma queda de 2,29%, para 3.976,16 pontos. O PSI-20, que acompanha as perdas da Europa, está a ser pressionado pelas desvalorizações de quase todas as cotadas. Só o grupo Sonae – Sonae SGPS e Sonae Capital – sobe 0,68% e 4,49%, respetivamente.

Já o setor da energia está no ‘vermelho’, com os títulos da EDP, da Galp Energia e da REN a caírem 3,64%, 1,59% e 1,94%, pela mesma ordem. O BCP recua 1,56%, no dia em que alguns bancos revelaram a suspensão de dividendos, como a Société Generale, Natixis, Barclays ou Santander, seguindo a recomendação do BCE, conforme lembra Ramiro Loure iro.

“De notar que o setor bancário tinha a maior dividend yield no Stoxx 600, o que pode traduzir-se em algum desconforto paras os investidores a nível desta perda de rentabilidade, acabando assim por ser o setor mais castigado no universo Stoxx 600”, aponta o trader do Millennium bcp.

No entanto, a lidera as quedas está a Jerónimo Martins, com um tombo de 4,87%, para 15,64%. “Apesar deste início negativo, os investidores continuarão a interrogar-se sobre o potencial de recuperação do rally iniciado na semana passada. Embora o PSI-20 seja, na fase atual, quase inteiramente influenciado pelos desenvolvimentos externos, iremos indicar as resistências que o PSI-20 e alguns dos seus membros terão que superar para prolongar o movimento ascendente”, referem os analistas do CaixaBank/BPI Research.

As principais praças do ‘Velho Continente’ seguem o mesmo sentimento pessimista. O índice alemão DAX perde 3,96%, o britânico FTSE 100 recua 3,75%, o francês CAC 40 tomba 4,35%, o holandês AEX cai 3,72%, o espanhol IBEX 35 ‘diminui’ 2,30% e o italiano FTSE MIB perde 2,28%. O Euro Stoxx 50 está com uma desvalorização de 4,11%.

Em relação ao petróleo, a cotação do barril de Brent cai 3,76%, para 25,36 dólares, enquanto a cotação do crude WTI avança 0,29%, para 20,54 dólares por barril. “Caso os restantes membros da OPEP resolvam aumentar a produção, estes valores poderão não ser o fundo do poço ainda. O API de ontem mostrava um aumento acima do esperado nos stocks de petróleo. Hoje serão divulgados os inventários de petróleo da EIA, às 15:30, que poderão aumentar a pressão sobre os preços”, explica André Pires, analista da XTB.

Quanto ao mercado cambial, o euro deprecia 0,75% face ao dólar (1,0946) e a libra esterlina “desvaloriza” 0,22% perante a divisa dos Estados Unidos (1,2389).

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