Bolsa de Lisboa sobe à boleia do BCP e energéticas

O PSI-20 mantém-se em alta a meio da sessão desta quarta-feira, seguindo a tendência das principais bolsas da Europa. O principal índice português está a subir 1,20%, para 4.084,24 pontos, numa altura em que se aguardam decisões do Banco Central Europeu (BCE). As autoridades da instituição liderada por Christine Lagarde vão reunir-se por videochamada para discutir se aceitam dívidas de risco (junk debt) como garantias dos credores.

Em Lisboa, são as valorizações expressivas do BCP (+1,63%, para 0,94 euros), da Galp Energia (+2,41%, para 9,28 euros), da EDP (+2,68%, para 3,79 euros) e da Jerónimo Martins (+1,69%, para 15,90 euros) que apoiam a bolsa.

A Navigator está em contraciclo com uma perda de 1,15%, para 2,24 euros, depois de ontem ter anunciado que iria, pela primeira vez na sua história, reduzir a produção de papel em 15% (ou em cerca de 700 toneladas diárias, podendo ir até cerca de 2.000 toneladas por dia) por causa da quebra no consumo de papel sentida desde as últimas semanas de março.

Nas congéneres da Europa, o índice alemão DAX sobe 0,91%, o britânico FTSE 100 avança 1,43%, o francês CAC 40 ganha 0,47%, o holandês AEX cresce 1,55%, o espanhol IBEX 35 sobe 0,44% e o italiano FTSE MIB avança 1,11%. O Euro Stoxx 50 está a ser marcado por uma valorização de 0,75%.

“A Akzo Nobel e a STMI são as cotadas que mais sobem no Stoxx 600, após terem reportado os seus números. Já a Kering mostrou queda mais acentuada que o previsto nas receitas era a que mais descia”, refere Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, numa nota de mercado.

O preço do tipo de petróleo produzido no Texas (WTI) continua a cair abruptamente, perdendo agora 5,27%, para 10,26 dólares por barril, enquanto a cotação do barril de Brent está a deslizar 0,05%, para 19,32 dólares. “Ontem, os membros da OPEP realizaram uma videoconferência não programada para discutir a situação do mercado petrolífero, mas no final não foi emitido qualquer comunicado, o que não contribuiu para serenar o sentimento dos investidores neste mercado”, explicam os analistas do CaixaBank/BPI Research.

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