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Bolsa de Lisboa termina semana no ‘vermelho’

As restantes praças europeias chegam ao fim de semana igualmente desanimadas, à exceção do índice britânico FTSE 100, que ganhou 0,03%, beneficiando das subidas de empresas como a British American Tobacco (+1,08%), RSA Insurance (+1,59%) e Hikma Pharma (+2,42%).
17 Agosto 2018, 16h54

O principal índice bolsista português, PSI 20, perdeu 0,47%, para 5.465,92 pontos, no final das negociações desta sexta-feira, dia 17 de agosto, seguindo a tendência europeia e de arranque da sessão norte-americana. Na bolsa de Lisboa, as desvalorizações mais penosas foram as da Pharol, Navigator e BCP (-2,07%, para 0,2503 euros).

Um dos principais destaques da sessão de hoje foi a Pharol. A empresa liderada por Palha da Silva lidera caiu 2,44%, para 0,2200 euros. A holding especializada na detenção de participações em empresas que operam nos setores das telecomunicações convocou uma assembleia geral para votar um aumento de capital até 55,48 milhões de euros. O objetivo passa poder acorrer à segunda fase de recapitalização da brasileira Oi, da qual é accionista maioritária. A gestora de participações tem planos para emitir 953 milhões de ações ao preço de 0,03 euros por ação.

A Navigator perdeu 2,77%, para 4,3520 euros. A papeleira está a viver uma semana difícil em bolsa devido à taxa anti-dumping retroactiva de 37,34% ao papel vendido pela empresa entre agosto de 2015 e fevereiro de 2017 nos Estados Unidos da América (EUA). Como explica o Jornal Económico, na edição desta sexta-feira, até ao fecho da sessão de quinta-feira a cotada, liderada por Diogo Antonio Rodrigues de Silveira, desvalorizou mais de 10%.

A Mota-Engil está a registar um novo ano de consolidação da sua expansão internacional. Após a entrada nos mercados da Nigéria e Argentina, o grupo de construção português entra no Panamá e no Canadá, conforme escreve hoje o Jornal Económico. No fecho das negociações na praça lisboeta, a empresa perdeu 1,07%, para 2,7750 euros.

Por outro lado, as energéticas REN e Galp Energia, que avançam 0,08%, para 2,4420 euros, e 0,17%, para 17,3750 euros, estiveram a beneficiar da valorização do mercado petrolífero.

“Numa sessão com volumes negociados abaixo da média, o saldo foi negativo para as praças europeias. As tensões diplomáticas e comerciais continuam na mira dos investidores. Hoje, o Tribunal turco recusou o recurso de Andrew Brunson, abrindo portas as novas sanções dos EUA. A lira estava a depreciar face ao dólar”, explica Ramiro Loureiro, Mtrader do Millennium bcp. O analista sublinha ainda que, em Wall Street, o setor de semicondutores e a Tesla pressionam  as tecnológicas. “Já a Apple (+1,2%) e a Caterpillar (+1,6%) impulsionavam o índice Dow Jones. Trump pediu à SEC para estudar a possibilidade de abolir a obrigação das empresas apresentarem contas trimestrais”, acrescenta.

Entre as principais praças europeias, o índice alemão DAX caiu 0,19%, o francês CAC 40 recuou 0,08%, o holandês AEX desceu 0,62%, o espanhol IBEX 35 deslizou 0,16% e o italiano FTSE MIB resvalou 0,51%. Por outro lado, o britânico FTSE 100 ganhou 0,08%, beneficiando das subidas de empresas como a British American Tobacco (+1,08%), RSA Insurance (+1,59%) e Hikma Pharma (+2,42%). O Euro Stoxx 50 teve uma variação negativa de 0,25%.

Quanto ao mercado petrolífero, o barril de Brent esteve a valer 71,89 dólares, devido a uma subida de 0,64%, e o WTI avançou 0,86%, para 66,02 dólares. No que diz respeito ao mercado cambial, o euro aprecia 0,52% face à divisa norte-americana, para 1,1437 dólares, enquanto a libra somava 0,26%, para 1,2748 dólares.

Notícia atualizada

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