Há uma bolsa europeia que passa despercebida a muitos investidores: o índice polaco WIG, que subiu 22% desde o inicio do ano. Estes valores colocam a valorização da praça polaca acima dos índices alemão DAX (18%), do francês CAC (4,61%), do britânico FTSE (5,54%) ou do Stoxx 600 (6,75%). “A Polónia é a nova Alemanha”, diz Peter Bosek, CEO do Erste Group Bank, um banco austríaco que está a adquirir o Santander Bank Polska, o terceiro maior da Polónia. A comparação faz sentido de várias maneiras. Desde a queda da União Soviética, mas especialmente nas últimas duas décadas, a Polónia passou por uma transformação económica semelhante à da Alemanha na segunda metade do século XX.
Segundo os padrões do Banco Mundial, evitou a “armadilha do rendimento médio” que travou outras economias, alcançando o estatuto de rendimento elevado em apenas 15 anos. O FMI prevê que, este ano, o PIB per capita da Polónia (ajustado ao poder de compra) ultrapasse o do Japão. Em 2005, o rendimento da Polónia era 50% da média da União Europeia; em 2025, o FMI prevê que atinja os 85%. Até há pouco tempo, no entanto, o sucesso da Polónia pouco fazia para atrair investidores internacionais para a sua bolsa. Entre 2010 e 2020, os preços das ações mantiveram-se praticamente estagnados em termos de dólares.
Depois, em 2023, os polacos elegeram uma coligação favorável aos investidores, liderada por Donald Tusk, antigo presidente do Conselho Europeu. A administração de Tusk, muito menos intervencionista, tornou a Polónia mais atrativa para o investimento e deixou as ações polacas preparadas para beneficiar da subida europeia. No entanto, o índice WIG ronda apenas os 520 mil milhões de dólares em capitalização bolsista. Ainda assim, 40% do portefólio são ações de instituições financeiras, bem posicionadas para lucrar com uma economia forte.
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