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Bolsa portuguesa a valorizar arranca sessão a acompanhar Europa

Apesar de o número de mortes por Covid-19 já superar os 500 mil e o número de casos confirmados a fasquia dos dez milhões a nível mundial, o que leva a Organização Mundial de Saúde a não sinalizar otimismo, os investidores não revelam, para já, receios nesta sessão.
30 Junho 2020, 08h49

O principal índice bolsista português (PSI 20) arrancou a sessão desta terça-feira a somar 0,04%, para 4.34,47, em linha com as principais praças europeias.

Apesar de o número de mortes por Covid-19 já superar os 500 mil e o número de casos confirmados a fasquia dos dez milhões a nível mundial, o que leva a Organização Mundial de Saúde a não sinalizar otimismo, os investidores não revelam esta terça-feira receios quanto a uma segunda vaga do surto epidemiológico do novo coronavírus.

A contribuir para as negociações em terreno positivo está o dado económico sobre o indicador relativo à atividade industrial e terciária na China, que mostra melhorias. O PMI dos serviços oficial da China subiu para 54,4 pontos em junho, face a 53,6 pontos em maio, um máximo de sete meses, impulsionado por uma recuperação da indústria dos serviços. Já o PMI Indústria passou de 50,6 para 50,9, acima do estimado pelos analistas, segundo o MTrader do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.

No Japão, a produção industrial agravou o ritmo de contração em maio. O país registou uma queda homóloga de 25,9% em maio, depois da contração de 15% em abril. Em termos sequenciais registou-se uma contração de 8,4%, um queda maior do que os 5,9% estimados, segundo Ramiro Loureiro.

Acresce a valorização sentida nas principais praças asiáticas, apesar de um novo episódio na difícil relação entre China e Estados Unidos. O Departamento do Comércio dos EUA anunciou, na segunda-feira,  que vai suspender os regulamentos que atribuem um tratamento especial a Hong Kong, no que diz respeito às exceções nas licenças de exportação. Em resposta, o congresso chinês aprovou a lei de segurança nacional em Hong Kong, o que pode provocar novas tensões com os EUA.

Na Europa, os investidores têm hoje a informação de que a economia britânica terá contraído mais que esperado no primeiro trimestre. O valor final mostrou que o produto interno bruto (PIB) contraiu 2,2% no entre janeiro e março, face aos últimos três meses de 2019, quando anteriormente tinha sido comunicada uma contração económica de 2%. Um dos fatores da quebra terá sido a “forte queda das exportações (-13,5%), segundo Loureiro.

Na bolsa portuguesa, os títulos da Pharol e Sonae Capital somam mais de 2% e são os que melhor negoceiam no PSI 20. Mas destaca-se entre os peso pesados da praça nacional a petrolífera Galp Energia, que soma 0,34%, para 10,46 euros.

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