Bolsa portuguesa acompanha Europa em alta. Valorização da Galp impulsiona PSI 20

O principal índice bolsista português (PSI 20) negoceia em terreno positivo esta segunda-feira, em linha com as principais congéneres europeias. O PSI 20 avança 1,02, para 4.721,47 pontos.

Entre as principais praças europeias, o alemão DAX soma 0,65%, o britânico FTSE 100 ganha 0,44%, o francês CAC 40 sobe 0,54% e o espanhol IBEX 35 valoriza 0,59%.

Na bolsa portuguesa, a Galp Energia lidera os ganhos à boleia da subida do preço do petróleo. A petrolífera nacional dispara 2,68%, para 10,73 euros, numa altura em que o barril do Brent é negociado acima dos 70 dólares, valorizando 0,97%. Já o WTI valoriza 0,95%, para 66,72 dólares.

O mercado petrolífero negoceia em alta devido aos receios de uma interrupção no fornecimento da matéria-prima devido aos ataques contra instalações petrolíferas da Arábia Saudita. A aliança militar liderada pela Arábia Saudita anunciou domingo que destruiu dez novas bombas-drone lançadas pelas forças xiitas Houthi do Iémen. Um dos aparelhos dirigia-se para o o terminal petrolífero Ras Tanura, que é o maior do mundo, capaz de exportar 6,5 milhões de barris por dia, o que representa cerca de 7% da procura mundial.

Este ataque surge num contexto de guerra entre os Houthi e o governo iemenita de Abdo Rabu Mansur Hadi, reconhecido internacionalmente e apoiado pela aliança militar árabe.

Ainda na bolsa portuguesa, os investidores estão animados com a EDP Renováveis que avança 1,72%, para 16,52 euros. No PSI 20, destaca-se ainda a Sonae, que ganha 0,73%, para 0,688 euros, naquela que é a primeira sessão após o anúncio de que vai pagar mais de 80 milhões de euros à Grosvenor por 10% da Sonae Sierra. Quando concretizada a operação, a A Sonae será dona de 80% da Sonae Siera.

No mercado cambial, o euro deprecia 0,20% face ao dólar 1,1893 dólares. Na relação com a libra, a moeda da zona euro deprecia 0,17%, para 0,8595 libras. A libra desliza 0,03% face ao dólar, para 1,3832 dólares. O dólar sobressai face às restantes divisa numa altura em que o mercado cambial é um ativo de refúgio, devido ao aumento dos juros do Tesouro dos Estados Unidos.

Os juros da dívida norte-americana a dez anos seguem a somar 2,9 pontos base para os 1,597%, naquela que é a quarta sessão consecutiva de agravamento. O aumento dos juros do Tesouro dos EUA trava o otimismo dos investidores acerca do pacote de apoios à economia norte-americana no valor de 1,9 biliões de dólares, lançado pela administração de Joe Biden.