As bolsas quer a nacional como as mundiais beneficiaram com o arrefecimento das tensões comerciais, em maio, conclui uma análise da Maxyield.
No caso do índice português (PSI) acumulou em maio ganhos de 5,7% “num contexto de crescimento generalizado das cotações nos mercados internacionais, devido ao arrefecimento das tensões comerciais em torno das tarifas recíprocas dos Estados Unidos”, refere a Maxyield.
“A banda de variação mensal do PSI oscila entre -12,6% da Altri e 28,6% da Mota-Engil”, diz a mesma instituição.
“O ranking mensal das sociedades com aumento de valor em maio, envolve a Mota-Engil (28,6%), o BCP (21,7%), a Sonae SGPS (8,9%), a Ibersol (7,3%), a EDP Renováveis (7,1%), a Semapa (6,9%), a NOS (4,8%), a Jerónimo Martins (3,9%), a Galp (3%), a Navigator (2,9%), a REN (1,6%), a Corticeira Amorim (1,4%) e a EDP (1%). As sociedades com redução de valor em maio 2025 foram a Altri (-12,6%) e os CTT (-4,8%)”, diz a Maxyield.
Em termos anuais, ou seja desde o início do ano, o PSI já subiu 15,9%, sublinha a Maxyield.
“O comportamento anual do PSI encontra-se marcado por uma trajetória crescente, incorporando a forte volatilidade no inicio do mês de Abril, atingindo no final do mês de Maio o valor mais elevado do ano. A banda de variação anual é bastante ampla, oscilando entre 54,1% da Mota-Engil e -12% da EDP Renováveis, sendo que 10 títulos apresentam uma variação anual positiva e cinco sociedades sofreram quebras de valor. As sociedades com variação anual positiva foram a Mota-Engil (54,1%), o BCP (47,6%), os CTT (37%), a Sonae (33,5%), a Ibersol (33,4%), a REN (28,9%), a Semapa (24,3%), a J. Martins (20,1%), a NOS (15,6%) e a EDP (13,6%). As cinco sociedades com quebra anual da cotação foram a EDP Renováveis (-12%), a Galp (-11,9%) a Navigator (-4,1%), a Corticeira Amorim (-4,1%) e a Altri (-0,4%)”, sublinha a Maxyield.
Em maio, e face ao período homólogo, o PSI valorizou 7,5%. “O top five das sociedades com variação homóloga positiva envolve o BCP (84,6%), os CTT (68,9%), a Ibersol (34,9%), a Sonae SGPS (28,7%) e a REN (28,1%). Existem cinco sociedades com variação homóloga negativa envolvendo a EDP Renováveis (-39,9%), a Galp (-27,3%), a Corticeira Amorim (-19,4%), a Navigator (-14,2%) e a EDP (-5,9%). A EDP Renováveis e a Galp configuram situações de bear market transitadas do ano anterior, cujo importante peso no PSI, provoca retardação na evolução homóloga do índice. Relativamente aos meses anteriores, mantém-se a evolução robusta do BCP e dos CTT”, diz a Maxyield.
Quanto ao PSI Geral, que junta o PSI e 17 sociedades cotadas no ‘2º mercado’ da bolsa portuguesa, que representa sensivelmente 3,2% da capitalização bolsista do PSI, refere a Maxyield, em maio, apresentou um aumento mensal de 8,6% e um crescimento anual de 14,6%.
Já nos mercados internacionais, medidos pelo MSCI World, tiveram um crescimento mensal de 5,7%, “catapultando a evolução anual para um patamar positivo de 4,2%”. A Maxyield diz ainda que o MSCI World apresenta o máximo histórico em 18 de fevereiro 2025 com 3.910,7 pontos, atingido em 8 de abril 3.222,8 pontos, que corresponde ao nível anual mais baixo e a uma variação de -17,6%.
Já quanto ao mercado norte-americano, através do índice S&P 500, teve em maio “um crescimento mensal de 6,2% e sofreu uma evolução anual positiva de 0,5%”.
O índice S&P 500 atingiu o máximo histórico em 19 de fevereiro 2025 com 6.144,2 pontos, tendo tocado na sessão de 7 de Abril a situação de bear market sofrendo uma diminuição de -20%, salienta a Maxyield.
“O índice tecnológico americano NASDAQ apresenta um crescimento mensal de 9,6%, com uma queda anual de -1%. O índice NASDAQ passou do máximo histórico de 20.056,3 em 19 de fevereiro 2025, para 15.267,9 em 8 de Abril, que corresponde a um decréscimo de -23,9%. O RUSSELL 2000, que integra as empresas de menor capitalização, sofreu em maio um crescimento mensal de 5,2% e apresenta uma diminuição anual de -7,3%. O RUSSELL 2000 atingiu o máximo histórico em 25 de novembro 2024 com o valor de 2.442, passando para 1760,7 em 8 de Abril, representando uma redução de -27,9%”, diz a Maxyield em análise a outros índices bolsistas norte-americanos.
“Os índices norte-americanos anularam em maio a quase totalidade das perdas anuais ocorridas até Abril e entraram no patamar de novo bull market, num dos ciclos bolsistas mais curtos da sua história. O arrefecimento em maio, das tensões comerciais em torno das tarifas recíprocas dos Estados Unidos e a sensibilidade dos mercados ao anúncio de adiamentos, suspensões ou reversões de tais medidas, ajudam a explicar o comportamento destes índices”, refere a Maxyield.
No mercado europeu, visto através do STOXX 600, em maio, teve “um aumento mensal de 4% e apresenta um aumento anual de 8,1%”.
A Maxyield acrescenta que o STOXX 600 “atingiu o máximo histórico” em 3 de março 2025 com o valor de 563,1 e apresenta em 9 de abril “o nível anual mais baixo” com 469,9 pontos, que corresponde a uma redução de -16,5%.
“A performance mensal do mercado norte-americano, é superior ao benchmark europeu. No entanto, o desempenho anual dos índices norte-americanos, é bastante inferior ao benchmark europeu. O mercado alemão (DAX 30) tem um comportamento mensal e anual acima do índice de referência europeu. O mercado francês (CAC 40) apresenta uma performance mensal e anual abaixo do índice de referência europeu. O índice londrino FTSE 100, tem um posicionamento mensal e anual tendencialmente paralelo ao benchmark europeu. O mercado ibérico apresenta um desempenho mensal e anual muito acima do benchmark europeu”, adianta a Maxyield.
Já quanto aos mercados asiáticos a Maxyield refere que em maio estiveram “pintados de cor verde e apresentam uma dinâmica de crescimento” e que ao contrário do mercado norte-americano “não atingiram o patamar de bear market“.
Em termos anuais os mercados asiáticos apresentam uma “performance superior” aos índices norte americanos.
Nos mercados emergentes, vistos através do MSCI Emerging Markets, tiveram “um aumento mensal de 4% em maio, apresentando um crescimento anual de 7,6%”, refere a Maxyield.
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