As principais bolsas europeias fecharam esta terça-feira com perdas, num dia em que o foco dos investidores está direcionado para os EUA, onde se realizam eleições intercalares. O índice de referência nacional PSI 20 perdeu 0,20% para 4.977,68 pontos.
A Mota-Engil esteve em destaque com o anúncio de que irá realizar, na próxima semana, um empréstimo obrigacionista com uma maturidade de quatro anos. O objetivo é captar até 65 milhões de euros, oferecendo uma taxa fixa de 4,15%. Os títulos da empresa fecharam a cair 1,16% para 1,708 euros.
No retalho, a Sonae caiu 1,38% para 0,8605 euros por ação e a Jerónimo Martins perdeu 1,16% para 10,675 euros. O maior tombo do PSI 20 foi, no entanto, registado pela Corticeira Amorim, que desvalorizou 2,04% para 9,60 euros por ação.
Na energia, a Galp deslizou 0,10% para 15 euros por ação, replicando a performance da matéria-prima, que segue esta terça-feira a corrigir. O crude WTI cai 2,39% para 61.59 dólares por barril e o brent europeu 2,20% para 71,56 dólares.
Papel e banca contrariam tendência
Na véspera de apresentar resultados, a EDP Renováveis perdeu 0,89% para 7,82 euros. Enquanto a EDP avançou 0,61% para 3,115 euros.
Em contrariar a tendência do índice, a Navigator liderou os ganhos no índice, com uma valorização de 0,68% para 4,150 euros. O BCP também se destacou pela positiva, a avançar pela segunda sessão consecutiva, tendo fechado com um ganho de 0,53% para 0,2446 euros por ação.
A Pharol valorizou 0,39% no dia em que foi conhecido que a Oi irá realizar um aumento de capital contra a vontade da empresa portuguesa.
“O mercado nacional terminou em ligeira baixa, num dia em que as praças europeias também não registaram variações muito significativas”, afirmaram os analistas do BPI. “O dia de hoje foi de perdas ligeiras para a maiorias das praças europeias. O foco dos investidores esteve direcionado para os EUA (em virtude das eleições intercalares), bem como para os resultados empresariais publicados”.
Investidores de olhos postos nos EUA
Os norte-americanos vão eleger esta terça-feira novos membros para as duas casas do Congresso: a Câmara dos Representantes e o Senado. Em disputa estão 470 lugares. Os republicanos que apoiam o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, controlam, neste momento, as duas câmaras do Congresso.
No entanto, as sondagens indicam que a ala republicana pode vir a perder a maioria na Câmara dos Representantes, o que vai dificultar a vida à atual administração. Apesar de o lugar de Trump não estar em risco, o presidente pretende implementar novos cortes nos impostos (o que beneficia o sentimento nas bolsas), mas poderá não o conseguir fazer com um Congresso dividido.
Neste cenário, as bolsas europeias também se ressentiram. O índice pan-europeu Euro Stoxx perdeu 0,31%, enquanto o alemão DAX deslizou 0,10%, o francês CAC 40 caiu 0,51%, o espanhol IBEX 35 recuou 0,25% e o italiano FTSE MIB deslizou 0,05%.
“O setor das telecomunicações liderou as perdas, em contraste com os setores bancário, de retalho e automóvel que figuraram entre os melhores performers”, sublinhou o BPI.
No mercado cambial, o euro aprecia-se 0,10% para 1,1418 dólares. Os juros das dívidas públicas da zona euro registaram subidas ligeiras. No caso de Portugal, a yield das Obrigações a 10 anos subiu 1,4 pontos base para 1,898%, enquanto em Itália avançou 7,2 pontos para 3,397%.
[Notícia atualizada às 17h15]
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