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Bolsas mundiais acumulam perdas voltando a levantar fantasma da bolha da IA

As elevadas avaliações devido aos investimentos feitos na inteligência artificial e a realização de mais valias pelos investidores depois de vários meses de valorização nos mercados são alguns dos motivos avançados pela research do Millennium para justificar a onda vermelha vivida esta sexta-feira nas bolsas mundiais.
bolsa de Lisboa mercados
14 Novembro 2025, 12h21

Esta sexta-feira tem sido marcada por fortes quebras nos mercados bolsistas ao nível mundial. A bolsa indiana é das poucas que escapa ao tom vermelho ao somar uma valorização de 0,12% no índice Nifty 50. Quanto à bolsa chinesa fechou com uma perda de 0,97% enquanto que o índice japonês Nikkei 225 quebrou 1,77%. Na Europa as maiores perdas vão para os mercado dos Países Baixos, Espanha e Itália.

De acordo com a research do Millennium este clima negativo sentido nos mercados bolsistas nesta sexta-feira pode ser atribuída a vários factores. Um deles está ligados às elevadas avaliações devido aos investimentos feitos na inteligência artificial. Ou até mesmo à realização de mais valias por parte dos investidores depois de largos meses de valorização dos mercados.

“É uma sexta-feira de correção a que se vive nas bolsas europeias, acompanhando a onda vermelha de Wall Street, que ontem levou o Nasdaq 100 a tombar mais de 2%. Apesar das múltiplas justificações que são apontadas para a queda, como as elevadas avaliações relacionadas com o futuro dos elevados montantes despendidos na Inteligência Artificial, que curiosamente ocorrem quando os EUA conseguiram sair do maior shutdown da sua história, a verdade é que este pode tratar-se apenas de um dos muitos ciclos de correção de curto prazo nos mercados de ações”, assinala a research do Millennium.

“Isto depois de muitos índices terem alcançado o seu valor mais elevado de sempre, a exemplo do tecnológico americano, que registou sete meses consecutivos de subida até outubro. O nacional PSI acumulou ganhos em todos os meses este ano, um marco inédito, valorizando mais de 30% até ao final de outubro. Neste contexto é natural que os investidores aproveitem para realizar mais-valias”, considera o Millennium.

Onda vermelha atinge bolsas mundiais

Por terras lusas o índice português PSI segue a meio da sessão bolsista desta sexta-feira com uma perda de 1,32% para os 8.205,43 pontos.

As maiores descidas na bolsa portuguesa vão para a Sonae que quebra 2,88% para os 1,41 euros, seguida pela Altri que desce 2,265 para os 4,76 euros, e a Mota-Engil que desliza 2,41% para os 5,68 euros.

No vermelho está ainda os CTT, a Semapa, a Jerónimo Martins, a Ibersol, a REN, a Navigator, a NOS, o Banco Comercial Português (BCP), a Galp Energia, a EDP Renováveis, a Corticeira Amorim, a Teixeira Duarte, e a EDP.

As principais bolsas europeias estão mergulhadas no vermelho. O DAX (Alemanha) quebra 1,56% para os 23.666,70 pontos, o CAC 40 (França) desvaloriza 1,48% para os 8.110,78 pontos, e o FTSE 100 (Reino Unido) desliza 1,83% para os 9.628,05 pontos.

O AEX (Países Baixos) quebra 1,97% para os 942.54 pontos, o IBEX 35 (Espanha) desliza 1,97% para os 942.54 pontos, e o FTSE MIB (Itália) quebra 1,98% para os 43.869,00 pontos.

“Quando começarem a ser divulgados os dados macroeconómicos em atraso devido à paralisação governamental americana, que durou 43 dias, poderá haver uma maior definição da tendência de médio longo prazo nos mercados. No seio empresarial de destacar hoje as reações mais entusiasmadas às contas de Siemens Energy, Richemont e Alstom. Em Portugal nota para as contas da REN e para um upgrade que coloca o preço-alvo do BCP próximo dos 1,00 euros”, sublinha a research do Millennium.

O petróleo está a ser negociado em alta com o brent a subir 2,02% para os 64,28 dólares e o crude valoriza 2,18% para os 59,97 dólares.

O euro está a quebrar 0,09%, face ao dólar, para os 1,16255 dólares, enquanto que o euro está a subir 0,13%, face à libra, para as 0,88432 libras.


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