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Bolsas somam e seguem com setor automóvel em alta e luxo em queda

Dia animado nas bolsas europeias, em particular na indústria automóvel, depois dos sinais deixados por Trump sobre a possibilidade de aliviar as tarifas. Em sentido oposto, Louis Vuitton e a Christian Dior apresentaram contas e caíram perto de 7%. Esta quarta-feira, destaque para os resultados da maior fabricante de chips da Europa.
mercados Lisboa bolsa traders
16 Abril 2025, 07h00

As principais bolsas europeias registaram subidas generalizadas na sessão de terça-feira e levam dois dias consecutivos em alta, depois da turbulência registada na semana passada. Esta quarta-feira é um dia importante na tecnologia, já que vão ser conhecidas as contas da gigante dos chips ASML.

Por cá, a bolsa de Lisboa acompanhou o sentimento, ao fechar as negociações em terreno positivo. O índice PSI subiu 1,87%, até aos 6.706 pontos, ao beneficiar sobretudo da valorização nas ações do Millenium BCP.

Num dia amplamente positivo para a banca nas praças europeias, o único banco cotado no índice de referência de Lisboa saltou 5,10% e as respetivas ações alcançaram os 56,92 cêntimos nas negociações. De resto, o BCP liderou o setor, que contou com subidas superiores a 2% em bancos como o Intesa e BBVA, ao passo que BNP Paribas e Santander foram mais além, com valorizações acima de 3%.

Seguiram-se subidas de 4,77% para 3,514 euros na Mota-Engil e 3,97% para 13,23 euros na Galp, numa demonstração de que os mercados deixaram de lado a queda dos preços do barril de Brent, que rondava os 0,60% à hora de encerramento dos mercados europeus. A cotação da energética beneficiou de uma margem de refinação superior ao esperado, no primeiro trimestre.

Ainda em Lisboa, houve acréscimos de 3,79% para 7,12 euros no caso dos CTT e 3,02% para 3,176 euros na EDP Renováveis. Por outro lado, a NOS descapitalizou 3,76% e os títulos ficaram-se pelos 4,10 euros.

Lá fora, automóvel com sinal ‘mais’ e luxo com sinal ‘menos’

No exterior, o sentimento foi especialmente positivo no setor automóvel, liderado pelo ganho de 6,46% na cotação de mercado da Stellantis. Na origem estão sinais deixados por Donald Trump no sentido da possibilidade de as tarifas serem aliviadas no que diz respeito àquela indústria.

Por outro lado, o dia ficou marcado pelo pessimismo no setor do luxo. A Louis Vuitton e a Christian Dior apresentaram os resultados do primeiro trimestre e a reação foi profundamente negativa em ambos os casos. As ações caíram perto de 8% em ambos os casos. Em consequência, outras cotadas do setor viram-se arrastadas, de forma mais particular a Kering, cuja cotação de mercado tombou mais de 5% ao mesmo tempo que a L’Oreal recuou 2%.

Neste contexto, a capitalização da Hermes International, resistiu às perdas do setor, ao subir 0,21% e a cotada passou a ser líder do setor neste âmbito, tendo destronado a Louis Vuitton. De referir que as contas da empresa vão ser conhecidas num futuro próximo, já que a publicação das mesmas está agendada para quinta-feira, antes da abertura dos mercados europeus.

Entre os índices de referência, houve somatórios de 2,49% no índice de referência de Itália, 2,45% em Espanha, 1,49% na Alemanha e 1,46% no Reino Unido. França não foi tão longe, ao ganhar 0,86%. Em simultâneo, o índice agregado Euro Stoxx 50 adiantou-se 1,08%.

Esta quarta-feira, prossegue a época de resultados referente ao primeiro trimestre, com destaque para fabricante de chips semicondutores neerlandesa ASML, que é a maior tecnológica do continente europeu e divulga contas antes da abertura das bolsas.

Em termos macro, sobressaem os dados da inflação referentes a março na zona euro e no Reino Unido. Durante a tarde, vão ser divulgados os números das vendas a retalho nos EUA.

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