Num discurso “curto” e “objetivo” como havia anunciado, com duração de seis minutos e 36 segundos, o presidente Jair Bolsonaro reafirmou, no Fórum Económico Mundial, em Davos, os compromissos de campanha. O presidente brasileiro destacou a determinação de abrir a economia, atrair investidores, fazer reformas, diminuir o peso do Estado e combater a corrupção. “Representamos um ponto de inflexão”, frisou.
Bolsonaro citou três ministros seus: Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Paulo Guedes (Economia) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). Após o discurso, respondeu a perguntas dos organizadores do fórum sobre preservação do meio ambiente e desenvolvimento económico, combate à corrupção e crescimento da América Latina.
O presidente comprometeu-se a colocar o Brasil “no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios”, atrair capital estrangeiro, explorar recursos naturais, fazer as reformas tributária e da Previdência Social, investir em educação, incentivar turismo e manter a sustentabilidade do agronegócio. “Avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento Económico.”
Bolsonaro enfatizou que o Brasil é “o país que mais preserva o ambiente”. “Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós. A agricultura se faz presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças a sua tecnologia e à competência do produtor rural. Menos de 20% do nosso solo é dedicado à pecuária”, destacou.
“Essas commodities [produtos primários com cotação internacional], em grande parte, garantem superávit na nossa balança comercial e alimentam boa parte do mundo”, acrescentou o presidente. Ele também assegurou a vontade de “aprofundar” as relações comerciais.
De acordo com o governante, o esforço será para que o Brasil se torne um exemplo para o mundo. “A nossa missão agora é avançar na compatibilização entre a preservação do ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento económico, lembrando que são interdependentes e indissociáveis.”
Bolsonaro disse que está empenhado em “integrar o Brasil ao mundo”. Para ele, um dos caminhos é a “defesa ativa da reforma” da Organização Mundial do Comércio (OMC) para buscar a eliminação do que chamou de “práticas desleais de comércio e garantir segurança jurídica das trocas comerciais internacionais”.
O presidente destacou que pretende implementar uma série de medidas no país, como a redução de tributos e a desburocratização. Segundo o presidente, as reformas vão levar ao desenvolvimento económico e à estabilidade.
“Vamos diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos. Trabalharemos pela estabilidade macroeconómica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas”, exemplificou.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com