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“Bom resultado do PSD passa por melhorar o das europeias”

Dirigente social-democrata recusa hecatombe e acredita que propostas para fomentar o investimento das empresas e o crescimento económico ainda podem levar o PSD à vitória. Apesar das sondagens.
26 Julho 2019, 09h45

Nega que Rui Rio seja um tirano e acredita que as escolhas de caras novas para as listas de deputados são um sinal de vitalidade e de humildade democrática do líder social-democrata. Sem atribuir importância às sondagens, Paulo Mota Pinto admite que a missão não é fácil para a oposição, mas defende que só com mudança política será assegurado o crescimento económico. Nega que Rui Rio seja um tirano e acredita que as escolhas de caras novas para as listas de deputados são um sinal de vitalidade e de humildade democrática do líder social-democrata. Sem atribuir importância às sondagens, Paulo Mota Pinto admite que a missão não é fácil para a oposição, mas defende que só com mudança política será assegurado o crescimento económico.

A dez semanas das legislativas ainda há razões para acreditar que o PSD pode ganhar?

Há razões para ganhar. O PSD vai sempre a eleições para ganhar e nestas também. Evidentemente que o contexto não é o mais favorável.

Comparando com 2009, quando Manuela Ferreira Leite, de quem era vice-presidente, enfrentou o então primeiro-ministro José Sócrates, pode dizer-se que o quadro é muito mais sombrio?

Essas eleições são um bom paralelo porque penso que os portugueses reconhecem que foram um dos aspetos negativos da evolução do país nos últimos dez anos. Houve uma renovação de confiança em José Sócrates que os factos demonstraram ser totalmente infundada. O contexto económico hoje é mais favorável, sobretudo devido a fatores externos e, nesse sentido, não é tão fácil para a oposição. Mas há um conjunto de sinais e de factos que justificam que seja necessária uma alteração política.

As sondagens indiciam uma hecatombe parecida com a do PS em 1987, mas com uma diferença: não são novos partidos, como o Aliança e o Chega, a beneficiar da quebra do PSD, e sim o PS. Percebe o que leva alguém que votou em Passos Coelho em 2015 a votar em António Costa?

Não gosto de comentar sondagens, mas é minha perceção, e há estudos que o mostram, que não houve transferência de votos. O eleitorado do PSD e da Direita está sobretudo menos mobilizado e abstém-se. Isso é facilitado pelo contexto económico em que o país está. Não antevejo uma hecatombe, até porque dar sondagens como factos é um erro.

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