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Boris Johnson anuncia novo confinamento no Reino Unido até dezembro

O primeiro-ministro Boris Johnson apertou as restrições no país, à medida que as infeções aumentam a um ritmo exponencial.
  • Andrew Parsons / 10 Downing Street
31 Outubro 2020, 19h11

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou este sábado, 31 de outubro, um novo confinamento para o Reino Unido após um aumento exponencial de casos e número de óbitos. O governo do Reino Unido revela que o país só abre no início de dezembro, de forma a conter a curva ascendente de novos contágios, e aconselha os cidadãos a ficarem em casa a partir da próxima quinta-feira.

“Nenhum primeiro-ministro responsável consegue ignorar a mensagem enviada por estes dados”, disse Boris Johnson na conferência de imprensa que começou com mais de duas horas de atraso, acrescentando que “ninguém quer implementar estas medidas”.

De acordo com Boris Johnson, à semelhança do que aconteceu na primeira vaga, os negócios não essenciais e serviços de entretenimento devem permanecer encerrados durante as próximas semanas. “Devem ficar em casa, só devem sair por razões muito específicas, incluindo educação e trabalho”, acrescentou o primeiro-ministro, tendo acrescentado que os restaurantes e bares podem continuar abertos desde que seja em modelo take-away e serviços de entrega como aconteceu em março e abril.

O primeiro-ministro britânico pediu ainda desculpa aos negócios por os encerrar, mas que se trata de uma medida necessária para ajudar a diminuir a curva de infeções. Ainda assim, as escolas e universidades vão manter-se abertos. “Não podemos que este vírus prejudique o futuro das nossas crianças ainda mais do que já prejudicou”, declarou Johnson.

“O Natal vai ser diferente este ano, talvez bastante diferente, mas é a minha esperança mais sincera que ao tomar medidas mais restritivas possamos permitir que as famílias possam estar juntas”, afirmou na conferência de imprensa.

Em tom otimista, Boris Johnson acredita numa melhoria até à primavera. “Estou bastante otimista que isto será bastante diferente e melhor até à primavera”, referiu.

Apesar de preferir medidas mais localizadas, o primeiro-ministro assumiu que estas foram medidas que tiveram de ser tomadas com alguma urgência. “Acho que uma abordagem local continua a ser a abordagem correta. O problema é que estamos a ver demasiados casos a tomar conta de todo o país”, sendo que o médico-chefe do governo, Chris Whitty, admitiu que “se não agirmos agora, as hipóteses do Serviço Nacional de Saúde estar em problemas graves em dezembro são bastante elevadas”.

Após uma reunião de emergência com o chanceler Michael Gove, o ministro das Finanças Rishi Sunak e o secretário da Saúde Matt Hancock, o governo decidiu apertar as medidas de restrição, uma vez que o país ultrapassou o marco de um milhão de infetados desde o passado dia 31 de janeiro, quando se registaram os primeiros casos de Covid no território.

Nos últimos dias, o país ultrapassou os 20 mil novos casos de infeção diários, refletindo as piores previsões dos cientistas.

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