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Boris Johnson diz que “leave means leave”

Para quem ainda não tivesse percebido, o primeiro-ministro já explicou ao que vem nas negociações com a União Europeia: Londres está de fora e não pretende seguir as regras comunitárias.
8 Fevereiro 2020, 16h00

O maior medo da União Europeia nas negociações que estão prestes a começar com o Reino Unido para obter um acordo entre as duas partes é, do ponto de vista económico, a possibilidade de o executivo liderado pelo primeiro-ministro conservador Boris Johnson avançar com medidas de proteção que sejam contrárias àquilo que a Comissão Europeia considera serem as boas práticas, aquilo que outrora se chamava concorrência saudável. Em causa está principalmente o financiamento de alguns setores económicos, que pode alavancar artificialmente a força das exportações britânicas e, por outro lado, a capacidade de atração de investimento direto estrangeiro em larga escala.

Ainda as equipas dos dois lados não chegaram, nesta fase, a encontrar-se e já o primeiro-ministro veio explicar, para quem ainda não tivesse reparado, que o Reino Unido acabou de sair da União Europeia – querendo com isso dizer que os súbditos de Sua Majestade não devem nenhuma submissão paralela aos fundamentos da União Europeia. Sendo certo que os 27 restantes não podem sequer afirmar com autoridade intelectual que não há concorrência no seio da União: há e não é pouca, e nunca deixará de haver enquanto a união fiscal for um sonho para daqui a uma mão-cheia de décadas – quando muito, e se tudo correr bem, o que não é provável.

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