A Bosch lidera um consórcio internacional que pretende antecipar e desenvolver o futuro da indústria à escala mundial. Isto através do ambicioso projeto Augmented Humanity (Augmanity), que procura passar da teoria à prática o conceito Indústria 4.0. Em Portugal, a partir de Aveiro, a multinacional de origem germânica vai canalizar 8,5 milhões de euros para o projeto, procurando implementar o 5G na indústria portuguesa.
O projeto, que conta com a parceria da Universidade de Aveiro também é financiado pelo o Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI) pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), terá duração de três anos e a data de conclusão prevista é junho de 2023.
Em comunicado, a Bosch explica que o objetivo é melhorar a eficiência dos processos industriais, “contribuindo para a sustentabilidade ambiental dos mesmos, potenciando o desenvolvimento e adequação dos processos produtivos de acordo com as características da população ativa, com o fator diferenciador de estar pensado para fomentar a atração, preparação e motivação dos recursos humanos para uma nova realidade industrial”. Ou seja, pretende-se dar corpo à propalada quarta revolução industrial (Indústria 4.0).
O projeto Augmanity está dividido em cinco grandes áreas tecnológicas, desde a ergonomia industrial e robótica, passando pela ciência de dados, pela Internet das Coisas e o 5G, visão artificial e a realidade virtual e aumentada. Os recursos humanos também são uma vertente considerada no projeto.
A partir destas cinco grandes áreas, a Bosch espera desenvolver produtos, processos e serviços que garantam novas capacidades ao ecossistema industria, desde acessórios como sapatos com sensores, relógios de pulso e outros aparelhos conectáveis com o 5G para auxiliar nas tarefas em ambiente industrial.
O consórcio conta com a participação das empresas IKEA, Huawei, Fraunhofer, OLI, Altice Labs. Ao todo, o projeto Augmanity conta com mais de 255 pessoas envolvidas. Só a Bosch mobilizou 61 trabalhadores para o projeto Augmanity, tendo em vista também a contratação de mais seis pessoas que trabalharão em exclusivo para este projeto. A Universidade de Aveiro, enquanto parceiro científico estratégico, vai mobilizar 55 investigadores e contratará 25 bolseiros de investigação para as várias áreas de inovação e desenvolvimento (I&D) do projeto.
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