A Moody’s subiu os ratings dos depósitos de longo prazo do Banco BPI de A3 A2, das Obrigações Cobertas Hipotecárias para Aaa e das Obrigações Cobertas Setor Público para Aa2.
O banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa informou que a agência de rating Moody’s atribui uma perspectiva de evolução (Outlook) Estável, na sequência da subida do rating de Portugal anunciada a 17 de novembro.
A agência reafirmou o rating do Banco BPI e da sua dívida sénior de longo prazo, em Baa1, com Outlook Estável.
A Moody’s subiu também o rating das Obrigações Cobertas Hipotecárias de Aa2 para Aaa e das Obrigações Cobertas Sector Público de Aa3 para Aa2.
Hoje a Moody’s emitiu uma ação para sete bancos portugueses, e no caso do BPI refere que o upgrade dos ratings de depósitos de longo prazo do BPI de A3 para A2 e a afirmação dos ratings do programa senior unsecured em (P)Baa1 reflectem, a afirmação do Baseline Credit Assessment (BCA) do banco em baa2. Rating que descreve a probabilidade de um banco entrar em incumprimento em qualquer dos seus instrumentos classificados, na ausência de apoio externo.
Há ainda, segundo a Moody’s, uma elevada probabilidade de apoio do CaixaBank, que continua a não resultar em qualquer aumento (BCA ajustado de baa2).
Já a análise avançada do Loss Given Failure (LGF) da Moody’s, prevê um aumento de três níveis para os depósitos e de um nível para o programa de dívida sénior não garantida a partir do BCA ajustado do banco, lê-se no relatório da agência. O Loss Given Failure avalia o impacto da falência do banco na perda esperada de cada classe de credores, em resposta a diferentes formas de resolução esperada, taxas de perda a nível da empresa e estrutura de responsabilidades.
A elevação da notação das obrigações de dívida pública de Portugal para A3 levantou a restrição aos depósitos do BPI, uma vez que o rating de um banco não pode exceder o rating soberano em mais de dois notches, de acordo com a metodologia da Moody’s Banks.
A afirmação do rating BCA em baa2 reflecte o sólido perfil de crédito do banco. A Moody’s considerou os elevados níveis de capital do banco, que são, no entanto, limitados pelos riscos decorrentes da exposição angolana do BPI, pelo seu risco de activos acima da média e pela melhoria dos seus indicadores de rentabilidade doméstica.
“O rácio de CET do BPI situava-se em 17,6% no final de junho de 2023, mas poderá reduzir-se em resultado do pagamento de dividendos ao CaixaBank”, diz a agência.
A rendibilidade doméstica tem vindo a melhorar gradualmente nos últimos anos. No final de junho de 2023, o banco apresentava um rácio do resultado líquido sobre os activos tangíveis domésticos de 0,9% e a Moody’s espera que a rendibilidade melhore gradualmente.
A Moody’s espera que a rentabilidade permaneça globalmente nestes níveis durante o período de perspectiva.
O rácio de ativos não performantes (NPA) do banco situava-se num nível baixo de 2,3% no final de junho de 2023.
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