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Brasil, Namíbia e descarbonização: os desafios dos novos líderes da Galp

Maria João Carioca e João Diogo Silva vão ter de meter mãos à obra para a Galp não desacelerar. Ex-CEO Filipe Silva deixa legado de dois anos consecutivos de lucros recorde para a petrolífera portuguesa.
Chegada do navio de produção FPSO Cidade de Saquarema ao estaleiro Brasa
17 Janeiro 2025, 19h00

Foi durante um almoço que foi feita a passagem de poder na Galp. Nada mais português: os grandes momentos da vida acontecem à mesa, seja em família, seja a fazer negócios. O ex-CEO e os dois novos co-CEO tiveram a oportunidade de almoçar juntos esta semana no hotel Hyatt Regency em Lisboa, sabe o JE.

Filipe Silva despediu-se assim dos seus dois pupilos, deixando-lhes nas mãos uma companhia que vale quase 12 mil milhões de euros. Mais. O seu mandato foi marcado por dois anos consecutivos de lucros recorde. É um legado pesado. Conseguirão fazer melhor?

O ex-CEO liderou pelo exemplo. Dentro da empresa era visto como o senhor perfeito com uma veia muito competitiva: exigia a todas as pessoas o máximo de entrega, máximo rigor e máximo esforço, apurou o JE. Por outro lado, era também conhecido por detestar qualquer exposição mediática. Em dois anos ao leme da Galp, nunca deu uma entrevista. Conferências de imprensa de apresentação de resultados? Nunca aconteceram. Aliás, a tolerância zero exibida pelo gestor para com os erros fez com que a revelação de notícias sobre uma relação afetiva na empresa, e não comunicada internamente, surpreendesse muitos na Galp.

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