O programa Fundo Ambiental tem sido alvo de queixas de funcionamento por parte das empresas do sector energético, que reclamam sobre a brevidade dos períodos de candidatura, que atuam como um obstáculo à eficácia do programa e à sustentabilidade do sector.
Segundo dados da plataforma Fixando, em 2022 a procura por serviços no sector energético cresceu 181% face ao ano anterior, no entanto, em 2023 registou-se uma queda de 3% na procura por estes serviços. Este decréscimo deveu-se ao curto prazo das candidaturas ao fundo ambiental.
A empresa By Energy, que atua na instalação de sistemas de energia solar, revela ter tido um aumento na procura pela instalação de painéis, no entanto a disponibilidade limitada do Fundo Ambiental leva a que muitas famílias acabem por não recorrer ao programa.
Muitos clientes desta empresa mostram-se preocupados com a incerteza dos períodos de candidatura ao Fundo Ambiental, sublinhando a importância de uma disponibilidade contínua do programa de forma a garantir uma maior segurança.
Já a empresa Solarassist relembra também para a necessidade de haver períodos de candidatura mais longos, alertando para os muitos clientes que estão há espera há meses para que o programa abra.
Miguel Mascarenhas, CEO da Fixando, afirma que “esta incerteza quanto à abertura de novas candidaturas, leva muitas famílias a adiar estes projetos, o que não só leva a um abrandamento da procura atual, mas também pode resultar num aumento muito repentino quando as candidaturas forem abertas novamente, sobrecarregando o sector”.
“A Fixando sugere a criação de uma fase que permita candidaturas para melhorias realizadas nos últimos 24 meses, o que evitaria uma sobrecarga durante os atuais períodos de candidatura e permitiria a execução dos trabalhos de forma mais oportuna”, sublinha o CEO da plataforma.
O inquérito da Fixando concluiu que 48% dos inquiridos desconhece o programa Fundo Ambiental, e, entre os que conhecem, existe um grande interesse em utilizá-lo para realizar intervenções nas suas residências.
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