O primeiro-ministro irlandês considerou que aconteceram erros em todas as partes que envolveram o Brexit, dois anos depois de o Reino Unido ter deixado a União Europeia. Assumindo agora o segundo mandato enquanto primeiro-ministro, Leo Varadkar compromete-se a ser “flexível e razoável” com o protocolo da Irlanda do Norte.
Varadkar ainda lidou com as consequências do Brexit durante o primeiro mandato, uma vez que foi primeiro-ministro até junho de 2020. Poucos meses antes da saída, em 2019, Varadkar concordou com as bases de Boris Johnson.
“Algo que eu disse no passado e que, quando desenhámos o protocolo, quando este foi originalmente negociado, talvez fosse rigoroso demais”, sustentou o primeiro-ministro em Dublin.
Agora, Varadkar está sob pressão, uma vez que o secretário da Irlanda do Norte no Reino Unido definiu o dia 19 de janeiro como o prazo final para o esboço de um acordo, antes das novas eleições para o governo descentralizado.
O protocolo do Brexit nunca foi totalmente implementado na Irlanda do Norte devido à falta de negociações finais, deixando algo em aberto para o país. A “BBC” relembra que o protocolo mantém a Irlanda do Norte alinhada com algumas regras comerciais da União Europeia, sendo que o Reino Unido e a União Europeia já se encontram em negociações para reduzir o impacto do acordo que entrou em vigor no início de 2021.
Pressionado pelo Partido Unionista Democrático, Varadkar afirma ainda existir “espaço para flexibilidade e mudanças”, além de se verificar espaço para “efetuar compromissos”. De regresso à gestão do país, o primeiro-ministro assumiu que “todos nós cometemos erros na gestão do Brexit”, uma vez que não existia um “guião” para a saída de um país da União Europeia, sendo a primeira vez que acontecia.
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