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Brexit põe em causa 18 mil postos de trabalho alemães, avança Deloitte

Consultora aponta a possibilidade de o Brexit colocar em risco cerca de 18 mil postos de trabalho ligados à produção de automóveis na Alemanha. A culpa é do aumento dos preços dos automóveis no Reino Unido.
22 Junho 2017, 15h37

O aumento de preços esperado no Reino Unido, como consequência de uma posição mais dura dos britânicos nas negociações do Brexit, pode colocar em causa os postos de 18 mil trabalhadores alemães da indústria automóvel.

A conclusão é da consultora Deloitte, baseando-se num estudo que prevê que os preços dos automóveis no Reino Unido possam aumentar até 5.600 euros caso o Brexit implique a saída do Reino Unido do mercado único e da união alfandegária. Citado pela Bloomberg, o estudo da Deloitte prevê que as vendas de automóveis neste país caiam até 20% em 2019, ano em que se concluirá o Brexit, retirando aos construtores europeus um total de 12,4 mil milhões de euros em receitas.

Um quinto do total de exportações de automóveis da Alemanha destina-se ao Reino Unido, incluindo modelos dos grupos Volkswagen, BMW e Daimler, mas não seriam apenas estes os afetados. As fábricas alemãs da Ford e da Opel também seriam atingidas por esta quebra nas vendas. De acordo com a Deloitte, há 60 mil postos de trabalho na indústria automóvel alemã dependentes do mercado britânico.

Thomas Schiller, que comanda a equipa do setor automóvel da Deloitte, afirma que o setor “precisa de encontrar medidas para combater este efeito, como estratégias de preço inteligentes e eficientes”. E acrescenta: “Alguns construtores e fornecedores estão a considerar mudar os locais de produção, bem como melhorar as suas cadeias de fornecimento”.

Uma saída “dura” do Reino Unido da União Europeia poderá implicar a aplicação de impostos comerciais, como parte dos acordos da Organização Mundial do Comércio. Para os automóveis, o imposto está fixado atualmente nos 10%, com os componentes auto a terem de pagar 4,5% de imposto.

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