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Brexit: produção automóvel no Reino Unido afunda 18%

Os valores da Sociedade de Fabricantes e Comerciantes de Motores sugerem que a produção de carros caiu em 18,2% para 120,6 mil em janeiro em comparação com o mesmo período do ano anterior.
28 Fevereiro 2019, 11h00

A produção e as exportações de automóveis no Reino Unido caíram pelo oitavo mês consecutivo, levando os números da indústria a alertar para um “perigo claro e atual” de um Brexit sem acordo, noticia o ”Independent”, esta quinta-feira.

Os valores citados pelo jornal britânico, sugerem que a produção de carros caiu em 18,2% para 120,6 mil em janeiro em comparação com o mesmo período do ano anterior. O declínio foi impulsionado por uma queda de 21,4% nas exportações, que representam a maior parte da produção. A produção destinada aos mercados da União Europeia abrandou em um quinto, enquanto que as exportações de automóveis para a China caíram 72%, segundo os dados mais recentes da Sociedade de Fabricantes e Comerciantes de Motores (SMMT).

Os números chegam depois da Honda anunciar que a fábrica sediada em Swindon vai fechar portas em 2021 e que mais de 3,500 funcionários vão ser despedidos. Já a Nissan, a Jaguar, a Land Rover e a Ford definiram planos para fazer uma redução de staff ou de transferir as produções para o exterior nos próximos meses, usando o Brexit como um dos principais motivos.

“Mais um mês de declínio é uma preocupação séria”, disse Mike Hawes, diretor executivo da SMMT. “O setor enfrenta uma maré de desafios, desde a queda da procura nos principais mercados até a escalada das tensões comerciais globais e a necessidade de permanecer na vanguarda da tecnologia futura”, explica. “Mas, o perigo claro e atual continua a ser a ameaça de um Brexit sem acordo, que monopoliza o tempo e os recursos, e prejudica a competitividade”, conclui.

Quase um terço das empresas automóveis que responderam a uma recente pesquisa da SMMT admitiram ter adiado ou cancelado as decisões de investimento do Reino Unido por causa do Brexit, com uma em cada cinco tendo perdido negócios como consequência direta. Cerca de uma em cada oito estão a realocar as operações para o exterior e ao mesmo tempo que reduzem o número de funcionários.

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