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Brigde AI é o novo projeto para apoiar Portugal nas regras de utilização da Inteligência Artificial

A iniciativa, que envolve 17 empresas, universidades e institutos de conhecimento, criou cinco grupos de trabalho que irão analisar, ao longo dos próximos cinco meses, as várias dimensões do ‘AI Act’ e apresentará várias conclusões e recomendações.
28 Maio 2024, 12h42

Nasceu oficialmente esta terça-feira o Bridge AI, um projeto de cooperação entre a academia, as empresas privadas e o Estado para apoiar cientificamente os legisladores, a sociedade e as organizações portuguesas na aplicação do regulamento europeu da Inteligência Artificial (IA), o AI Act.

O objetivo é colocar Portugal na vanguarda da regulação da IA, pelo que foram criados cinco grupos de trabalho que irão analisar, ao longo dos próximos cinco meses, as várias dimensões do AI Act com o apoio do Center for Responsible AI. No próximo mês de outubro, serão apresentadas as conclusões e recomendações.

Financiado em 40 mil euros pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pela secretaria-geral da presidência do Conselho de Ministros, o Bridge AI é coordenado pela professora Helena Moniz, da Universidade de Lisboa e INESC-ID, e por investigadores da Fundação Champalimaud (Joana Lamego) e da tecnológica Unbabel (Nuno André e António Novais).

Porém, a iniciativa envolve outros parceiros, entre os quais colaboradores do Turing Institute e do AI Office da União Europeia (UE). Na lista estão também as sociedades de advogados Abreu e VdA, a Carnegie Mellon Portugal, as embaixadas britânica e norte-americana em Portugal, as universidades Nova e Católica, a consultora de comunicação JLM&A, a SGS e os institutos das Telecomunicações e do Conhecimento.

“A IA já tem grande impacto na vida de todos nós e em vários sectores. É, por isso, importante garantir a melhor compreensão e aplicação do AI Act que é uma legislação verdadeiramente revolucionária. Perante o ruído que existe sobre este tema extremamente complexo, o Bridge AI nasceu para aumentar a literacia e disponibilizar à sociedade, aos decisores e líderes empresariais portugueses informação contextualizada e holística, servindo como ferramenta de apoio para que tomem decisões informadas e baseadas na evidência científica”, diz Helena Moniz.

A docente académica e investigadora do INESC-ID considera que, “tendo em consideração os desafios éticos e legais que estes casos colocam, em particular na área da saúde, é necessária uma reflexão multidisciplinar para garantir que os benefícios são superiores aos riscos”.

As principais questões a responder são: Que estratégia deve Portugal adotar para aumentar os níveis de literacia em IA? Como abordar questões éticas nos processos de regulamentação da IA? Quais são as melhores práticas em matéria de regulamentação e ética da IA fora da UE? Que mecanismos devem ser implementados para garantir a aplicação efetiva do IA Act?

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