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Bruxelas apela a proteção de interesses económicos e tecnológicos da UE face à China

Executivo comunitário quer que os estados-membros adotem medidas que evitem que terceiros coloquem em risco a segurança económica europeia, bem como a tecnológica, propondo que seja controlado o acesso a tecnologia de ponta desenvolvida na UE.
21 Junho 2023, 09h50

A Comissão Europeia deu recentemente o pontapé de saída para a proteção dos interesses económicos e tecnológicos da União Europeia relativamente a ameaças do quadro geoestratégico global, que tem sido marcado por um crescente poder chinês, também .

Assim, Bruxelas instou os estados-membros da UE a apoiarem propostas económicas mais duras contra os seus principais rivais, a China e a Rússia. Vários países já tinham questionado a Comissão sobre a necessidade de regras mais apertadas, adianta o “Financial Times”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comprometeu-se a trabalhar com os governos europeus para pressionar à instalação de um regime de escrutínio relativamente a investimentos no estrangeiro e à criação de um sistema que controlo a exportação de tecnologia sensível.

No fundo, o executivo comunitário quer que os estados-membros adotem medidas que evitem que terceiros coloquem em risco a segurança económica europeia, bem como a tecnológica, propondo que seja controlado o acesso a tecnologia de ponta desenvolvida na UE ou a infraestruturas-chave através de relações comerciais ou de investimento.

Bruxelas prepara-se para incluir os chips, Inteligência Artificial e supercomputadores na lista de sectores-chave que devem ter atenção às ligações. Além disso, a Comissão quer a examinação minuciosa de quatro áreas: cadeia de abastecimento (nomeadamente segurança energética), infraestruturas críticas, segurança tecnológica e fuga de tecnologia.

Ainda assim, Bruxelas quer que a UE estabeleça parcerias com o maior leque de países terceiros, de forma a dar resposta a preocupações e interesses comuns. A Comissão Europeia pede a colaboração de todos os estados-membros mas também do sector privado.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, lembrou que uma das mais-valias da UE é ter um “superpoder comercial” e uma economia aberta com o estrangeiro mas que também é preciso “lidar com riscos económicos”. “Tendo em vista as ameaças emergentes, alguns estados-membros e países terceiros já melhoraram os controlos nacionais com vista a limitar as exportações de tecnologias críticas”, referiu Dombrovskis.

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