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Bruxelas contra Puigdemont: “Se declarar independência é melhor ficar perto da sua cidade”

“[Puigdemont] Não fugiu de Barcelona” disse o advogado do ex-presidente da Generalitat, acrescentando que Puigdemont “tem todo o direito” de estar na Bélgica porque “não há nada contra ele”.
Yves Herman/Reuters
31 Outubro 2017, 10h11

O vice-primeiro ministro da Bélgica, Kris Peeters, não vê com bons olhos a visita do presidente da Catalunha a Bruxelas: “Não quero prejudicar nada, mas quando se declara a independência, é melhor ficar perto da sua cidade”, disse em entrevista à estação belga Radio 1. “Temos de esperar pela sua declaração e estar de cabeça fria. As próximas horas e os próximos dias apontarão para a luz”, disse.

O líder de Podemos, Pablo Iglesias, evitou comentar um possível pedido de asilo político à Bélgica pelo ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, porque, embora considere “estranho”, é a justiça belga que terá de analisar as bases legais.

Advogado diz que Puigdemont não quer esconder-se na Bélgica

O ex-presidente da Generalitat não tem intenção de esconder-se na Bélgica e não decidiu se vai pedir asilo, disse hoje o advogado Paul Bekaert que está a assessorar Carles Puigdemont desde segunda-feira.

“Não fugiu de Barcelona” disse Bekaert em entrevista à rádio flamenga Radio 1, acrescentando que Puigdemont “tem todo o direito” de estar na Bélgica porque, disse, “não há nada contra ele”.

Sobre o suposto pedido de asilo político, o advogado afirmou que se mantêm “todas as portas abertas”.

“Uma pessoa pode pedir, mas obter o asilo político já é outra coisa”, disse Paul Bekaert.

O ex-presidente da Generalitat está em Bruxelas desde segunda-feira na companhia de outros cinco ex-membros do governo autónomo da Catalunha, destituídos na sequência da aplicação do artigo 155 da Constituição espanhola.

Bekaert, advogado especializado em casos de extradição e asilo político, representou Nitividadad Jáuregui, membro do grupo terrorista basco ETA, residente em Gante e que a Bélgica recusou extraditar depois de três ordens pedidas pela justiça espanhola, em 2004, 2005 e 2015.

Puigdemont deve, entretanto, conceder uma conferência de imprensa, em Bruxelas, hoje às 11h30 em Lisboa.

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