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Bruxelas destaca resultados de compras conjuntas de gás e quer aplicá-las ao hidrogénio

“Os resultados positivos deste segundo convite mostram que há uma necessidade e um claro valor acrescentado em unir forças, congregar a nossa procura e trabalhar em conjunto para garantir fornecimentos de gás estáveis e acessíveis ao mercado” da União Europeia (UE), defendeu Maroš Šefčovič.
13 Julho 2023, 12h48

A Comissão Europeia destacou hoje os “resultados positivos” da segunda ronda de compras conjuntas de gás, após uma procura de quase 16 mil milhões de metros cúbicos, querendo aplicar este mecanismo ao hidrogénio e outros gases renováveis.

“Há duas semanas e meia, […] lançámos a segunda ronda de compras conjuntas de gás ao abrigo da Plataforma de Energia da UE. Agregámos uma procura de quase 16 mil milhões de metros cúbicos e isto representa um aumento de mais de quatro mil milhões de metros cúbicos em relação à primeira ronda”, disse hoje numa declaração à imprensa o vice-presidente da Comissão Europeia para as Relações interinstitucionais, Maroš Šefčovič.

Vincando que, “no seu conjunto, as duas primeiras rondas duplicaram o objetivo fixado pelo Conselho para todo o ano”, o responsável observou que “estes resultados excedem as expectativas”.

“Os resultados positivos deste segundo convite mostram que há uma necessidade e um claro valor acrescentado em unir forças, congregar a nossa procura e trabalhar em conjunto para garantir fornecimentos de gás estáveis e acessíveis ao mercado” da União Europeia (UE), defendeu Maroš Šefčovič.

Para o vice-presidente da Comissão Europeia para as Relações interinstitucionais, este modelo de compras conjuntas poderia ter outras aplicações na UE: “Creio também que deveríamos agora trabalhar no sentido de expandir este modelo a outros produtos, incluindo gases renováveis, hidrogénio e matérias-primas estratégicas”.

Nesta segunda ronda, 25 fornecedores internacionais responderam ao pedido da UE para procura agregada de gás com propostas de fornecimento de um volume total de 15,19 mil milhões de metros cúbicos.

Antes, em meados de maio, a Comissão Europeia anunciou ter recebido propostas de 25 empresas para fornecimento de mais de 13,4 mil milhões de metros cúbicos de gás, no âmbito do primeiro concurso para aquisição conjunta ao nível da UE.

Neste processo, o executivo comunitário desempenha o papel de agregador de propostas (entre empresas e fornecedores), cabendo às respetivas partes concluir os seus acordos.

O primeiro convite à apresentação de propostas de empresas da UE para futuras compras conjuntas de gás ocorreu em abril, num processo inédito para o bloco se preparar para o próximo inverno e assegurar reservas, enquanto o segundo avançou em junho.

Depois destas duas rondas, haverá mais três até ao final do ano.

As empresas interessadas e registadas neste mecanismo têm de responder ao pedido de agregação da procura, para depois serem agregados os volumes necessários e colocados a concurso no mercado global.

A ideia é que se consiga corresponder a procura coletiva europeia às ofertas dos fornecedores internacionais de gás.

Até agora, mais de 100 empresas já se registaram na Plataforma Energética da UE, enquanto outras estão em vias de se inscrever.

A iniciativa surge depois de os Estados-membros da UE se terem comprometido, no final do ano passado, a participar em compras conjuntas de gás para um mínimo de 15% dos seus objetivos nacionais de armazenagem, o que representa cerca de 13,5 mil milhões de metros cúbicos por ano.

Os objetivos de armazenamento e de aquisição conjunta de gás foram acordados como medidas de emergência devido à crise energética acentuada pela guerra da Ucrânia.

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