A Cabo Verde Airlines (CVA) inaugura este domingo, 8 de dezembro, voos para a cidade norte-americana de Washington, o que é entendido como a primeira pedra “estruturante” do ‘hub’ aéreo na ilha do Sal.
“Hoje começa de forma estruturante o ‘hub’ aéreo, porque vamos para além daquilo que tem sido o nosso mercado tradicional, que era Boston e Providence, a Costa Leste, agora vamos para Washington. E este voo marca a partida para o hub aéreo”, afirmou o ministro do Turismo e Transportes de Cabo Verde, citado pela agência de notícias Lusa. José Gonçalves falava no aeroporto internacional Amílcar Cabral no batismo do voo Sal- Washington.
Esta segunda-feira, dia 9 de dezembro, a CVA inaugura a ligação a Lagos, capital da Nigéria, para onde vai voar cinco vezes por semana. E quarta-feira arrancam as ligações entre o Sal e Porto Alegre, no Brasil, que terão a frequência de duas vezes por semana.
“Cabo Verde está muito bem posicionado. Temos as condições estabelecidas em termos de infraestruturas no país, com quatro aeroportos certificados, dois dos quais o último ponto de partida para os Estados Unidos, um quadro regulador sólido e bem reconhecido internacionalmente, e a nossa companhia que goza de certificação para viajar diretamente para os EUA”, destacou o governante, que juntamente com o embaixador dos EUA, John Jefferson Daigle, viajou integrado na comitiva dos 35 passageiros do voo inaugural para Washington. Os voos realizam-se três vezes por semana.
Já o presidente executivo da CVA, Jens Bjarnason, disse que depois de um adiamento, a transportadora mantém planos para viajar para Luanda, Angola, bem como para outros destinos da África Ocidental. Mais tarde, acrescentou que a companhia aérea também pretende viajar para Toronto, no Canadá.
O gestor destacou a “grande conexão” existente com Lisboa, mas adiantou que a CVA também está a analisar a possibilidade de operar a partir de outras cidades de Portugal, incluindo o Porto.
A TACV assegurava os voos domésticos, que foram abandonados no âmbito do processo de privatização, passando as ligações aéreas entre ilhas a serem feitas apenas pela companhia Binter, que mudou de nome para Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV). Agora já com o nome de Cabo Verde Airlines, a transportadora retomou os voos domésticos, entre ilhas, através de uma parceria com as portuguesas Lease-Fly e Newtour, o que lhe permite garantir a conectividade ao ‘hub’ do Sal, de onde opera grande parte dos voos internacionais.
A CVA voa atualmente para Dakar, Lisboa, Paris, Milão, Roma, Boston, Fortaleza, Recife e Salvador. Na sua frota conta com três Boeing 757-200, que deverão ser, em breve, reforçados com dois Boeing 757-200.
O Estado de Cabo Verde vendeu, em março, 51% da TACV à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF e 30% por empresários islandeses com experiência na aviação. O negócio orçou 1,3 milhões de euros. Os restantes 49% do capital da antiga TACV estão a ser vendido aos trabalhadores e a emigrantes cabo-verdianos (10%) e investidores institucionais (39%), num processo de privatização que o Governo prevê concluir até final do ano.
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