O Movimento para a Democracia (MpD), liderado pelo atual primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, venceu as eleições legislativas de Cabo Verde, devendo renovar a maioria absoluta que lhe permitiu governar nos últimos cinco anos. Quando faltavam apurar as mesas dos círculos da Europa e Resto do Mundo e das Américas, que elegem quatro deputados, o partido de centro-direita tinha garantidos 36 mandatos (metade dos lugares do parlamento), devendo somar mais dois pela diáspora.
Apesar de dever ficar com menos dois deputados do que na legislatura anterior, o MpD de Ulisses Correia e Silva resistiu ao segundo embate com Janira Hopffer Almada, que anunciou a sua demissão da presidência do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), de centro-esquerda. “A política não pode ser encarada como profissão nem como carreira”, justificou a líder partidária, que procurava ser a primeira cabo-verdiana a chefiar um executivo, mas não terá conseguido mais do que ganhar um lugar no parlamento em relação às legislativas de 2016, caso some mais dois na Europa e Resto do Mundo e nas Américas, ficando com 30.
Dirigindo-se aos seus apoiantes que celebravam junto à sede do MpD, após uma campanha eleitoral em que apontou como perdedores aqueles que “fizeram uma política de terra queimada” e de “ataque ao país”, Ulisses Correia e Silva destacou a “grande vitória” do seu partido. E, sem esquecer os “três anos de seca e um de pandemia” que tiveram forte impacto na economia do país lusófono, prometeu “colocar Cabo Verde no caminho seguro para o desenvolvimento”.
A única força política a obter representação parlamentar além do MpD e do PAICV continuará a ser a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), que desta vez elegeu quatro deputados pelo círculo de São Vicente, acrescentando um mandato àqueles que detinha no parlamento.
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