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Cabo Verde quer ser “plataforma de prestação de serviços” no Atlântico

Num encontro com empresários na embaixada de Cabo Verde em Paris, o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano afirmou querer mais investimento francês e transformar o país numa “grande plataforma de prestação de serviços no Atlântico”.
29 Novembro 2019, 21h28

Num encontro com empresários na embaixada de Cabo Verde em Paris, o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano afirmou querer mais investimento francês e transformar o país numa “grande plataforma de prestação de serviços no Atlântico”.

“Este evento é para reforçar as relações de cooperação, mas também relações económicas, temos alguns investimentos franceses importantes em Cabo Verde e gostaríamos de levar mais investidores ao nosso país”, afirmou Luis Filipe Tavares, ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, na capital francesa.

A embaixada de Cabo Verde reuniu, na quinta-feira à noite, cerca de 70 empresários franceses e da diáspora lusófona para apresentar as oportunidades de investimento no país.

O setor mais apetecível é o turismo, com 800 mil turistas anuais (cerca de 10% franceses), mas também setores como os portos, os aeroportos e os serviços financeiros interessam a Cabo Verde.

“[O setor do] Turismo desde logo, nas ilhas do Sal e da Boavista, mas também na ilha de Santo Antão e São Vicente. Mas também as energias renováveis, tudo que é mercado financeiro. Nós queremos transformar o nosso país numa grande plataforma de prestação de serviços no Atlântico. As questões logísticas aérea, marítima ou portuária são aspetos fundamentais da nossa estratégia de desenvolvimento”, disse o governante.

Durante o evento, as vantagens de instalação em Cabo Verde foram explicadas também pelo embaixador de Cabo Verde em França, Hércules Cruz.

“Há uma série de reformas que estão a ser levadas a cabo. Suprimimos os vistos para os cidadãos da União Europeia, algo que sempre defendi porque mais que o valor é a limitação administrativa parecia-me ser uma certa barreira psicológica”, disse o diplomata.

Para partilhar a experiência de instalação em Cabo Verde, Thierry Carrière contou a sua história. Chegado ao país para férias há quatro anos, este francês que já tem uma empresa no ramo da informática, viu que havia uma necessidade de criação de lembranças para os turistas que visitam as ilhas e avançou com um investimento de 300 mil euros.

“Fiz uma primeira viagem até lá, vi que havia grandes oportunidades. Havia muita procura e pouca oferta, então aproximei-me dos cabo-verdianos que já lá estavam e tentei perceber as necessidades e expectativas”, disse o empresário.

Agora, com a recuperação do capital inicial, Carrière conta com três trabalhadores a tempo inteiro e alimenta cerca de 20 lojas, com alguns dos produtos a serem produzidos nas próprias ilhas.

“Agora vamos passar para o próximo nível”, concluiu o investidor francês.

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