Espírito irrequieto, Cabrita olhou para o fluxo criativo torrencial que é a sua obra, e decidiu oferecer ao público um magno balanço de 50 anos de trabalho. Diz não ser uma exposição antológica nem uma retrospetiva, expressões que lhe desagradam, mas sim a materialização de uma ideia que alimentava há bastante tempo: “mostrar um ‘legado Cabrita Reis’ à cidade”.
Apetece chamar a este magno balanço de 50 anos de trabalho “Cabinet Cabrita”, não por ser um cabinet de curiosités intimista, mas por proporcionar uma relação próxima, íntima, com a obra de um dos mais conceituados artistas plásticos nacionais e com amplo reconhecimento internacional.
A partir de 19 de maio, os oito pavilhões da Mitra, em Lisboa, acolhem mais de 1500 obras do seu acervo pessoal. “Atelier”, de seu nome. É Cabrita visto por Cabrita, ou não fosse o próprio artista o responsável pelo processo de conceção, seleção de obras e desenho de montagem.
Espelho do seu ‘work (always) in progress’, da atenção a cada detalhe. Mas não só. A sua capacidade para cruzar reflexão filosófica e composição estética acrescentam à fruição do ‘universo Cabrita’, que aqui privilegia um sistema orgânico de organização, sem legendas, sem cronologia, plasmando várias vidas e circunstâncias, sempre com perplexidade e provocação.
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