É uma vitória para a Madeira que há vários anos reivindica a construção de um novo hospital. O Conselho de Acompanhamento das Políticas Financeiras (CAPF) deu, ontem, luz verde à nova infraestrutura hospitalar. Resta agora saber se a verba vai ser incluída no Orçamento de Estado (OE) do próximo ano.
O parecer positivo dado por unanimidade pelo CAPF, organismo integrado por representantes de várias secretárias do Governo da República, vai de pleno encontro às pretensões do Governo Regional. Segundo avançou ao Económico Madeira fonte ligada ao processo, a proposta aprovada impõe o pagamento de 50% do novo hospital e equipamentos com execção do terreno.
Recorde-se que, em maio, o primeiro-ministro, António Costa, havia garantido que o Governo da República iria comparticipar metade da construção do novo hospital da Madeira e respectivos equipamentos, estando reunidas as condições para o concurso ser lançado ainda este ano.
Na altura, o governante vincou que este projecto seria “pago e começará a ser inscrito no Orçamento do Estado a partir de 2019, mas criando as condições para que ainda este ano possa ser lançado o concurso público internacional”.
Poupança de 30 milhões ao ano
O projeto do Novo Hospital da Madeira é uma evolução do plano base de 2010 que foi sujeito a uma revisão do programa funcional para acomodar as alterações necessárias decorrentes da evolução demográfica e das alterações da legislação posterior a 2009, data em que foi concluído o anteprojeto.
A obra prevê a construção de menos 20 camas de pediatria e menos 10 de obstetrícia, aumentando as camas destinadas à psiquiatria, cuidados paliativos, hemodiálise e oncologia. O bloco operatório teria 11 salas de operações e 65 postos de atendimento no serviço de urgências.
Com a concentração das três unidades de saúde regionais, o SESARAM espera poupar cerca de 30 milhões. Só a concentração de serviços e o sistema de gestão integral de camas permitiria, segundo avançou o técnico Dírio Ramos ao Económico Madeira em fevereiro passado, 8,3 milhões de euros.
Estima-se que seriam criados em cinco anos em média 500 postos de trabalho e mais 100 decorrentes da nova centralidade despoletada pela infraestrutura hospitalar.
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