A Caixa Geral de Depósitos sempre conseguiu aprovar a distribuição de um dividendos adicional ao Estado no valor de 300 milhões de euros. A distribuição será feita a 28 de agosto.
Em comunicado o banco explica que “por Deliberação Social Unânime por Escrito do seu acionista único, o Estado Português, de 20 de agosto de 2024, foi determinado o pagamento de um dividendo adicional no valor de 300 milhões de euros, a liquidar a 28 de agosto de 2024”.
Recorde-se que o CEO da CGD, Paulo Macedo, na apresentação de contas do primeiro trimestre disse que há vontade do banco público de pagar mais 300 milhões de euros em dividendos, além dos 525 milhões de euros previstos.
A CGD vai entregar ao Estado, 525 milhões de euros em dividendos referentes aos lucros de 2023 (que foram de 1.291 milhões de euros). Assim, com este dividendo adicional o valor a entregar referente a 2023 passa a 825 milhões de euros.
“Com o pagamento deste dividendo adicional de 300 milhões é integralmente reembolsada a recapitalização pública em dinheiro realizada em 2017, no valor de 2.500 milhões de euros, sucedendo ao reembolso de 100% dos 1.000 milhões de euros da componente de dívida privada, que ocorreu em 2023, na primeira data contratualmente prevista”, sublinha a CGD.
Deste modo, acrescenta o banco, “a Caixa entrega ao seu acionista em 2024 um montante total de 825 milhões, o maior pagamento de dividendos realizado pela Caixa ao seu acionista”. O banco lembra que ainda em 2024, procedeu já ao pagamento de 562 milhões em sede de IRC, perfazendo um total de 1.387 milhões de pagamentos ao Estado.
O banco liderado por Paulo Moita de Macedo diz ainda no comunicado que “por referência aos rácios de solvência de junho de 2024, e considerando a distribuição [de dividendos] referida, a Caixa apresentava um rácio de CET 1 de 20,36% e um rácio de capital total de 20,62%. Após esta distribuição, o rácio de MREL apurado a 30 de junho de 2024 foi de 27,07% do total de ativos ponderados pelo risco e de 10,01% da exposição total do rácio de alavancagem, excedendo os requisitos fixados”.
O banco não acaba o comunicado sem realçar que “a presente deliberação teve por fundamento a capacidade da Caixa de gerar resultados sólidos e de melhorar a sua rentabilidade de maneira consistente conforme atestado pelos resultados apresentados referentes ao primeiro semestre do exercício em curso e a não oposição por parte do Banco Central Europeu”.
(atualizada)
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