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Caixa “fará a avaliação que entender” em relação ao Novobanco, sublinha Miranda Sarmento

“O Governo depois tomará decisões com base nessa avaliação, mas não nos imiscuímos naquilo que possam ser decisões da Caixa daquilo que possam ser avaliações de condições de mercado relativamente a concorrentes”, disse o ministro das Finanças a propósito da notícia que o JE avança esta sexta-feira. O Governo quer que a Caixa estude a aquisição do Novobanco.
31 Janeiro 2025, 11h05

Joaquim Miranda Sarmento falou aos jornalistas da CNN a comentar a manchete do Jornal Económico sobre a CGD ter destacado equipas internas para avaliar o Novobanco, dizendo que “respeitamos a autonomia de gestão da Caixa Geral de Depósitos”.

“A Caixa fará a avaliação que entender daquilo que são as condições de mercado e daquilo que possam ser os desenvolvimentos futuro do mercado, se a Caixa entender fazer essa avaliação face a situações que possam vir a ocorrer no futuro, o Governo depois tomará decisões com base nessa avaliação, mas não nos imiscuímos naquilo que possam ser decisões da Caixa daquilo que possam ser avaliações de condições de mercado relativamente a concorrentes”, disse o ministro das Finanças esta sexta-feira

O ministro disse que depois decidiria, em função das avaliações, o que fazer com a participação pública. As entidades públicas têm juntas 25% do Novobanco. O Fundo de Resolução tem 13,5%, e participação da Direção Geral do Tesouro e Finanças é de 11,46%.

Governo manda CGD avançar para o Novobanco

O Novobanco está mira da Caixa Geral de Depósitos e do CaixaBank (dono do BPI) ao ponto das duas instituições bancárias terem destacado equipas internas para estudarem a compra do Novobanco, revelaram fontes ao Jornal Económico. Estes dois bancos juntam-se assim ao BCP, que, tal como já noticiado em edição anterior, tem uma equipa destacada a fazer o mesmo trabalho de avaliação.

As peças do xadrez começam a movimentar-se no sistema bancário para aproveitar a saída do fundo de private equity, Lone Star, do capital do Novobanco, tal como detalha o JE em exclusivo esta sexta-feira.

Enquanto o banco liderado por Paulo Macedo não comentou o interesse da CGD no Novobanco, o presidente executivo do BPI, detido pelo CaixaBank, disse sem o dizer expressamente, que o banco espanhol poderia participar numa aquisição na Península Ibérica, até porque é onde está o seu foco e os movimentos de consolidação “não são estranhos ao CaixaBank” que reconhece o poder das fusões no aumento da sua quota de mercado.

Detalha o JE esta sexta-feira que, de acordo com fontes conhecedoras do processo, o ministro das Finanças português terá já dado o recado ao Ministro das Finanças espanhol que preferia uma solução portuguesa para o Novobanco. No entanto o CaixaBank é soberano para pôr um pé na porta das fusões em Portugal e é o que pretende fazer, no limite para forçar a uma solução salomónica de partilhar o banco que nasceu das cinzas do BES.

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