Joaquim Miranda Sarmento falou aos jornalistas da CNN a comentar a manchete do Jornal Económico sobre a CGD ter destacado equipas internas para avaliar o Novobanco, dizendo que “respeitamos a autonomia de gestão da Caixa Geral de Depósitos”.
“A Caixa fará a avaliação que entender daquilo que são as condições de mercado e daquilo que possam ser os desenvolvimentos futuro do mercado, se a Caixa entender fazer essa avaliação face a situações que possam vir a ocorrer no futuro, o Governo depois tomará decisões com base nessa avaliação, mas não nos imiscuímos naquilo que possam ser decisões da Caixa daquilo que possam ser avaliações de condições de mercado relativamente a concorrentes”, disse o ministro das Finanças esta sexta-feira
O ministro disse que depois decidiria, em função das avaliações, o que fazer com a participação pública. As entidades públicas têm juntas 25% do Novobanco. O Fundo de Resolução tem 13,5%, e participação da Direção Geral do Tesouro e Finanças é de 11,46%.
Governo manda CGD avançar para o Novobanco
O Novobanco está mira da Caixa Geral de Depósitos e do CaixaBank (dono do BPI) ao ponto das duas instituições bancárias terem destacado equipas internas para estudarem a compra do Novobanco, revelaram fontes ao Jornal Económico. Estes dois bancos juntam-se assim ao BCP, que, tal como já noticiado em edição anterior, tem uma equipa destacada a fazer o mesmo trabalho de avaliação.
As peças do xadrez começam a movimentar-se no sistema bancário para aproveitar a saída do fundo de private equity, Lone Star, do capital do Novobanco, tal como detalha o JE em exclusivo esta sexta-feira.
Enquanto o banco liderado por Paulo Macedo não comentou o interesse da CGD no Novobanco, o presidente executivo do BPI, detido pelo CaixaBank, disse sem o dizer expressamente, que o banco espanhol poderia participar numa aquisição na Península Ibérica, até porque é onde está o seu foco e os movimentos de consolidação “não são estranhos ao CaixaBank” que reconhece o poder das fusões no aumento da sua quota de mercado.
Detalha o JE esta sexta-feira que, de acordo com fontes conhecedoras do processo, o ministro das Finanças português terá já dado o recado ao Ministro das Finanças espanhol que preferia uma solução portuguesa para o Novobanco. No entanto o CaixaBank é soberano para pôr um pé na porta das fusões em Portugal e é o que pretende fazer, no limite para forçar a uma solução salomónica de partilhar o banco que nasceu das cinzas do BES.
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